Aperto no metrô
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Encontrar banheiros públicos em São Paulo, de preferência limpos e bem cuidados, nunca foi uma tarefa fácil. O problema, como mostrou o Vigilante Agora, não é diferente nas estações do metrô paulistano.
A reportagem percorreu 20 estações e encontrou de tudo: falta de reposição de itens básicos de higiene, como sabonete e papel higiênico, assentos sem tampas, cabines e mictórios interditados e até depredação.
Para piorar, em algumas estações falta estrutura adequada para atender os deficientes físicos, um direito garantido por lei.
A pior situação foi encontrada na linha 1- azul, a mais antiga do sistema. No banheiro
da superlotada estação Sé, por exemplo, o chão estava coberto por água.
As falhas nos sanitários do metrô não vêm de hoje. Em 2009, o Vigilante já havia revelado que boa parte dos banheiros fica fora da área das catracas; ou seja, para utilizá-los, o passageiro precisa sair e, ao voltar, é obrigado a pagar uma nova passagem. A única exceção, vale registrar, é a linha 5-lilás.
Responsável pelo metrô, a Secretaria Estadual de Transportes Metropolitanos, do governo João Doria (PSDB), se defende. Diz que realiza regularmente a limpeza e a manutenção dos sanitários. E culpa, sobretudo, o mau uso por parte dos passageiros: eles
seriam alvos frequentes de vandalismo e
roubo.
De fato, muita gente não tem cuidado e emporcalha os banheiros —isso sem falar em alguns que resolvem quebrá-los por pura maldade. Por outro lado, não há dúvida de que o sistema do metrô, que cobra R$ 4,30 por uma viagem, pode e deve oferecer melhores condições aos seus passageiros. Até porque, de aperto, já basta o sufoco nos vagões.