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Sinalizado pela imponente presença do farol do Cabo Branco, o Brasil começa no extremo oriente da Ponta do Seixas. Dia que começa brilhante para se despedir ainda mais belo no deslumbrante pôr do sol da praia do Jacaré.
João Pessoa, capital da Paraíba, é linda. É Belo, apelido do popular Botafogo local. Alvinegro com a orgulhosa estrela solitária tingida de vermelho. Rubro-negra é a bandeira da Paraíba. Sangue preto também presente nas veias e nas cores do Campinense. Que faz o Dérbi de Campina Grande, capital do brasileiríssimo São João, com o branco e preto Treze.
O Atlântico é o cartão de visita verde. Palmeiras que trazem sombra para tabelar com a água fresca. Lindíssimo verde do "Caribe brasileiro". Piscinais naturais na Areia Vermelha, naturismo em Tambaba, indescritíveis e belíssimos tons que se alternam nas paradisíacas praias do Amor, Bela e Coqueirinho.
O futebol está presente na bandeira do Grêmio na sorveteria da agitada orla de Tambaú, no coração colorado do garçom da churrascaria central, nas camisas do Vasco, do Flamengo, do São Paulo, do Palmeiras e do Corinthians ostentadas tanto por turistas quanto por paraibanos por todos os cantos. Distintivos bem trabalhados e expostos em diversas feirinhas de artesanato.
Só não é ainda mais maravilhoso porque todas essas belezas são marcadas pela pobreza. Presente, como em todas as demais regiões do país, do outro lado da cidade, por trás da linda vista do cartão de visita. Só nega quem só enxerga a própria privilegiada posição.
Negar a negação preconceituosa é afirmar. Não aceitar sem menos. Negro, mulher, nordestino, pobre e gay tem de negar, todo dia, o papel coadjuvante ou de linha auxiliar de quem se julga mais gente do que a gente que é gente como a gente.
O Brasil é de Minas, é de São Paulo, é de quem planta café e produz leite, é Sul, Sudeste, Centro-Oeste, é uma federação de tudo e de todos presentes em todo o Nordeste.
Política faz parte do mundo. O que não pode existir é politicagem, preconceito ignóbil, sacanagem.
Somos todos Paraíba! E seremos todos brasileiros do mesmo Brasil quando todos negarmos preconceito ignóbil e idiota de quem vomita, noite e dia, todo dia, idiotia. Nego, viva a Paraíba!