O analista de sistemas Luiz Gustavo Zanzini, 55 anos, diz que teve negado o pedido de aposentadoria por tempo de contribuição ao INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), mesmo com os requisitos completos.

“Dei entrada em janeiro de 2019, com mais de 35 anos de contribuição, mas, dizem que não tenho tempo suficiente e indeferiram. Em janeiro deste ano, entrei com recurso, mas até agora está em análise.”

O leitor explica que continua trabalhando e contribuindo ao INSS, mas que precisa do benefício para pagar contas. Segundo simulação no site do INSS, ele diz ter direito a  uma aposentadoria de R$ 3.150.

“Minha renda mensal passou de R$ 10 mil para R$ 1.045 nos últimos anos. Minha esposa e filha dependem financeiramente de mim. A matrícula da faculdade dela está em aberto porque ainda não consegui pagar”, diz Luiz Gustavo.

O leitor explica que chegou a cogitar esperar mais cinco anos para se aposentar, o que, segundo ele, lhe daria um benefício de R$ 6.100 por mês, mas que, pela urgência financeira, optou pelo benefício menor, supostamente imediato.

“Estou enfurecido e indignado. Abri queixas no 135, fui até a agência e nem sequer me deixaram entrar.”

INSS vai recalcular tempo

Em nota, o INSS diz que está reanalisando o processo, considerando o argumento do recurso do segurado, e que fará nova contagem do tempo de contribuição.

“O senhor Luiz poderá consultar o resultado na próxima semana no Meu INSS.”

Sobre o atendimento na agência, o órgão diz que, com a criação das centrais de análise, os procedimentos não estão mais ligados a agências específicas.

"Os servidores de uma localidade analisam processos de vários locais, e não apenas daquela unidade. Os segurados podem se informar à distância sobre o andamento de seus requerimentos, pelo aplicativo Meu INSS e pelo telefone 135. O INSS também informa o segurado sobre suas solicitações por email e por SMS, caso ele tenha autorizado o contato por esses meios."