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Descrição de chapéu INSS Previdência

Confira como fica seu salário com o reajuste do INSS

Contribuição progressiva dos trabalhadores à Previdência terá correção de 5,45%

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Ana Paula Branco
São Paulo

O reajuste nas aposentadorias e pensões do INSS acima do salário mínimo, publicado no "Diário Oficial da União" desta quarta (13) pelo Ministério da Economia, eleva o teto dos benefícios do INSS de R$ 6.101,06 para R$ 6.433,57 e passa a ser referência para calcular os descontos nos salários dos trabalhadores com carteira assinada. As contribuições serão reajustadas em 5,45% nos salários de janeiro, que costumam ser pagos em fevereiro.

Quem contribui sobre um salário mínimo, por exemplo, vai ter desconto de R$ 82,50 no holerite se o piso for de R$ 1.100. Caso o governo corrija o salário mínimo pelo INPC, o piso pode subir para R$ 1.102. A contribuição, neste caso, passa para R$ 82,65.

A política de valorização do salário mínimo foi criada no governo FHC e oficializada nos governos petistas. /Gabriel Cabral/Folhapress

O cálculo passou a considerar a inflação do ano anterior e o crescimento do país, de acordo com o PIB, dois anos antes. /Gabriel Cabral/Folhapress

Com isso, durante os anos em que a economia crescia, o salário mínimo também avançava. /Gabriel Cabral/Folhapress

O aumento era aplicado ao piso e também ao valor mínimo de aposentadorias e pensões pagas pelo INSS. /Gabriel Cabral/Folhapress

O governo Bolsonaro decidiu manter somente a correção pela inflação, que considera o INPC, que mede a inflação das famílias com renda de um a cinco salários mínimos. /Gabriel Cabral/Folhapress

O valor exato do salário mínimo é confirmado por meio de decreto presidencial, que costuma sair em janeiro . /Gabriel Cabral/Folhapress

Com o novo cálculo, criado pela reforma da Previdência, a variação do piso influencia todas as alíquotas para empregados do setor privado. Os descontos vão de 7,5% (para quem recebe o salário mínimo) a 14% (para o trabalhador que recebe o teto previdenciário), a depender da faixa salarial:
  • 7,5% para até um salário mínimo (R$ 1.100)
  • 9% para salários entre R$ 1.100,01 e 2.203,48
  • 12% para salários entre R$ 2.203,49 e R$ 3.305,22
  • 14% para salários entre R$ 3.305,23 e R$ 6.433,57

As taxas são progressivas. Ou seja, cada percentual incide somente a parte do salário correspondente a cada faixa de cobrança. Por exemplo, quem recebe R$ 2.100, pagará 7,5 % sobre R$ 1.100 e 9% sobre o restante, R$ 1.000, resultando em uma contribuição total de R$ 172,50.

Confira abaixo a alíquota efetiva nos salários com o novo reajuste. Os cálculos foram feitos pelo Ieprev (Instituto de Estudos Previdenciários).

Salário de Contribuição Valor da contribuição Alíquota efetiva (%)
R$ 1.100 R$ 82,50 7,5
R$ 1.300 R$ 100,50 7,7308
R$ 1.500 R$ 118,50 7,9000
R$ 1.700 R$ 136,50 8,0294
R$ 1.900 R$ 154,50 8,1316
R$ 2.100 R$ 172,50 8,2143
R$ 2.203,48 R$ 181,81 8,2512
R$ 2.300 R$ 193,40 8,4085
R$ 2.500 R$ 217,40 8,6958
R$ 2.700 R$ 241,40 8,9406
R$ 2.900 R$ 265,40 9,1516
R$ 3.100 R$ 289,40 9,3353
R$ 3.300 R$ 313,40 9,4968
R$ 3.305,22 R$ 314,02 9,5008
R$ 3.400 R$ 327,29 9,6262
R$ 3.600 R$ 355,29 9,8692
R$ 3.800 R$ 383,29 10,0866
R$ 4.000 R$ 411,29 10,2823
R$ 4.200 R$ 439,29 10,4593
R$ 4.400 R$ 467,29 10,6203
R$ 4.600 R$ 495,29 10,7672
R$ 4.800 R$ 523,29 10,9019
R$ 5.000 R$ 551,29 11,0258
R$ 5.200 R$ 579,29 11,1402
R$ 5.400 R$ 607,29 11,2461
R$ 5.600 R$ 635,29 11,3445
R$ 5.800 R$ 663,29 11,4361
R$ 6.000 R$ 691,29 11,5215
R$ 6.200 R$ 719,29 11,6015
R$ 6.400 R$ 747,29 11,6764
R$ 6.433,57 R$ 751,99 11,6885

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