Com alta no preço do chocolate, ovos menores e bombons devem salvar a Páscoa
Vendas em supermercados e online são apostas na pandemia de Covid-19
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O chocolate teve um aumento de 6% nos últimos 12 meses terminados em fevereiro, segundo o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), medido pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). A alta ficou acima da inflação do período, que foi de 5,20%.
A elevação impacta no preço dos tradicionais ovos de Páscoa, mas, apesar disso, a expectativa de parte do setor de vendas é positiva neste ano, mesmo com a pandemia de coronavírus. Pesquisa da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Estado de São Paulo aponta que o varejo paulista espera crescer 5%, quando comparado ao ano passado.
Os números são próximos aos 5,5% de elevação, já descontada inflação, esperados para as vendas nos supermercados, segundo a Apas (Associação Paulista de Supermercados). “Em comparação ao ano passado, os supermercados esperam vender até 15% a mais. Embora seja uma previsão otimista, o mesmo período em 2020 trouxe uma queda de aproximadamente 35%”, diz Maurício Stainoff, presidente da federação.
No levantamento da Apas, os ovos estão ainda mais caros, com inflação de 7%, levando-se em conta custos da produção, que dependem dos preços de cacau, leite, energia elétrica, mão de obra e açúcar.
Com isso, a aposta é nas barras de chocolate e caixas bombons, que, apesar de subirem 4,35%, ficaram abaixo da inflação dos últimos 12 meses. “Estamos esperando um consumo menor, porém com gastos maiores. A cesta vai ser mais selecionada e vamos ter barras de chocolate, caixas de bombom e ovos de Páscoa entre os escolhidos”, diz Thiago Berka, economista da Apas.
Pesquisa da associação destaca uma diminuição de encomendas dos ovos de chocolate acima de 750 kg e 1 kg, mas aumento nos pedidos de ovos menores, de até 170 gramas, e de barras e caixas de chocolate.
Vendas online devem ancorar negócios
As expectativas também giram em torno das vendas online. "Quando houver a possibilidade, as pessoas comprarão os chocolates presencialmente, mas as vendas deste item serão mais impulsionadas pelo e-commerce”, diz Marcel Solimeo, economista da ACSP (Associação Comercial de São Paulo).
A opinião do economista é reforçada por Stainoff. “As vendas no ambiente digital e o delivery estão mais presentes na vida das pessoas. Essa nova forma de comprar, vender e entregar privilegia as empresas mais organizadas”, destaca.