Covas diz que mantém cobrança de IPTU durante crise do coronavírus em São Paulo
Prefeito afirma que sem dinheiro do imposto não dá para ajudar população
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O prefeito Bruno Covas (PSDB) afirmou nesta terça-feira (7) que é contra a prorrogação do pagamento de parcelas do IPTU (Imposto Predial e Territorial e Urbano) por 180 dias que será proposta pela Câmara em projeto de lei nos próximos dias. Segundo o tucano, a grana do IPTU e do ISS (Imposto Sobre Serviços) correspondem a praticamente metade do orçamento municipal.
Covas disse que não há nenhuma proposta da prefeitura para a prorrogação ou isenção de pagamento desses impostos. "O IPTU tem uma regra, uma lógica, de distribuição de riqueza na cidade de São Paulo. Paga mais IPTU quem tem mansão nos Jardins. É praticamente isento quem mora em bairros afastados do centro da cidade", afirmou.
Segundo o prefeito, prorrogar o pagamento do IPTU é beneficiar as classe A e B em detrimento da população das classes D e E. "Prorrogar IPTU significa a prefeitura não ter dinheiro para ter hospital municipal de campanha, para comprar cesta-básica. Ou seja, beneficiar a população mais rica e deixar a população mais carente sem esse tipo de amparo. Por isso, a prefeitura é contra qualquer isenção de IPTU neste momento", explicou.
Sobre o ISS, Covas afirmou que o imposto é pago pela quantidade de serviços prestados. "Quem não está prestando serviço não está pagando ISS, porque é uma porcentagem sobre a fatura", disse.
A proposta de adiar o pagamento de parcelas vencidas ou a vencer do IPTU faz parte de um pacote de medidas a ser proposto pela Câmara. Serão dois projetos de lei, um deles voltado à área econômica.