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Vizinhas trocam máscaras de proteção contra coronavírus por alimentos em condomínio

Iniciativa é para ajudar famílias do próprio prédio onde moram que estão sem renda

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São Paulo

O distanciamento social provocado pela pandemia do novo coronavírus e a necessidade de alguns vizinhos fez despertar a solidariedade em um grupo de moradoras de um condomínio em Diadema (ABC). Mesmo sem saber costurar, elas confeccionaram mais de 200 máscaras de tecido que foram trocadas por alimentos que serão distribuídos a famílias do próprio prédio onde moram.

A confecção de máscaras de tecido foram liberadas pelo Ministério da Saúde na quinta-feira (2) pois funcionam como uma barreira física para conter a pandemia do novo coronavírus.

As vizinhas Maria Aparecida Silva Souza, a Bel (de vermelho); Estelamaris Novaes (de preto) e Flavia Teodoro Rodrigues (de branco) com os alimentos arrecadados no condomínio onde moram, em Diadema (ABC) - Regiane Soares/Folhapress

Tudo começou há duas semanas quando a analista de benefícios Estelamaris Novaes, 36 anos, começou a arrecadar alimentos. Era uma forma de ajudar os vizinhos que vendiam seus produtos e serviços na feira do condomínio, que está suspensa devido à quarentena.

Em outra frente de solidariedade, a autônoma Maria Aparecida Silva Souza, a Bel, 36 anos, teve a ideia de fazer máscaras com sobras de tecidos que tinha em casa para, inicialmente, oferecer aos funcionários do condomínio que estavam trabalhando sem a proteção.

“Como eu não tenho máquina de costura e não sei costurar, fiz com cola quente e mostrei para a Estela para ver o que ela achava da ideia de doar para os funcionários. Foi quando ela sugeriu de fazermos para trocar por alimentos”, afirmou Bel.

Estela até tinha a máquina de costura que poderia facilitar a confecção das máscaras, mas também não sabia costurar. “Eu ganhei a máquina de presente em dezembro. Estou aprendendo [a costurar] vendo vídeos na internet”, disse Estela, que topou na hora a ideia da vizinha.

Na sexta-feira (3) elas anunciaram no grupo de WhatsApp do condomínio que a partir do dia seguinte as máscaras já poderiam ser trocadas por alimentos no salão de festas. E para aumentar a produção, contaram com o apoio da turismóloga Flávia Teodoro Rodrigues, 35 anos, que também não sabe costurar, mas decidiu ajudar. “Eu tenho transtorno de ansiedade e estava angustiada em casa. Para mim, poder ajudar foi como uma terapia”, afirmou.

As vizinhas ainda não contaram quanto arrecadaram de alimentos, mas esperam ajudar ao menos nove famílias que perderam o trabalho ou a renda por conta da pandemia. As cestas básicas serão distribuídas ao longo da semana. Até lá, ainda é possível doar.

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