Sapopemba se torna o distrito com mais mortes na capital paulista

Região da zona leste da cidade soma 300 óbitos confirmados ou suspeitos pelo novo coronavírus

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São Paulo

Sapopemba (zona leste) se tornou pela primeira vez o distrito com maior número de mortes confirmadas e suspeitas por Covid-19 na capital paulista.

Com 300 mortes, o distrito ultrapassou a Brasilândia (zona norte), que soma 277 casos, segundo mapa da Secretaria Municipal da Saúde divulgado neste domingo (21).

Os dados levam em conta mortes registradas entre 11 de março até a última quinta-feira (18). No dia 6 de junho, o distrito de Sapopemba tinha 245 casos. De lá para cá, aumentou em 22%.

Atrás de Sapopemba e Brasilândia estão: Grajaú, Jardim Ângela, Capão Redondo, Jardim São Luís, Sacomã e Cidade Ademar (todos na zona sul), Tremembé (zona norte) e Jabaquara, também na zona sul (confira os números abaixo).

O universitário Rafael Cabral, 25 anos, mora no distrito que hoje ocupa a primeira posição no indigesto ranking de casos de Covid-19 na cidade. "Medo a gente tem, mas cabe a nós se prevenir. Mudar de bairro não é fácil como trocar de roupa", contou o jovem, que diz ver muita gente na região desrespeitando as normas de segurança para evitar a proliferação do vírus.

"Tem uma galera andando pela rua sem máscara ou em rodinhas bebendo em botecos. Tá tudo errado", afirmou.

No total, a cidade de São Paulo, gestão Bruno Covas (PSDB), registrou em boletim divulgado neste domingo 246.892 casos suspeitos da doença, 118.708 confirmados e 6.383 mortes (há ainda 5063 óbitos à espera de confirmação.

Já o estado de São Paulo soma 12.588 óbitos e 219.185 casos confirmados do novo coronavírus, segundo balanço do governo João Doria (PSDB) divulgado também neste domingo. As taxas de ocupação de UTIs são de 69,3%% na Grande SP.

Na capital paulista, a taxa de ocupação das UTIs, entre hospitais municipais e leitos contratados pela prefeitura é de 61%.

Resposta

Em nota, a Prefeitura afirma que as UBSs (unidades básicas de saúde) localizadas nas regiões mais afetadas estão realizando ações conjuntas de orientação à população.

"Com os agentes comunitários de saúde atuando de casa em casa, em semáforos na avenida Sapopemba, altura do número 11.180, e em demais locais públicos, foram realizadas orientações sobre o tratamento e cuidados relacionados ao coronavírus, a necessidade de ficar em casa e, caso seja necessário sair, que a pessoa use máscara, lave sempre as mãos, evite aglomerações. Também foram entregues kits de higiene, máscaras e álcool em gel", afirmou a gestão Bruno Covas (PSDB).

A nota disse ainda que a Secretaria Municipal das Subprefeituras fiscaliza diariamente estabelecimentos que ainda não tiveram permitida a abertura ao público. "Os locais que descumprirem os decretos estão sujeitos à interdição imediata de suas atividades e, em caso de resistência, cassação do alvará de funcionamento autorização temporária", afirmou.

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