Polícia encontra fábrica clandestina de anabolizantes na zona norte de SP
Material era vendido para atletas e lojas do segmento esportivo, segundo a investigação; três suspeitos são presos
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A polícia encontrou uma fábrica clandestina de anabolizantes que funcionava em uma casa no Parque Edu Chaves (zona norte da capital paulista), na madrugada desta sexta-feira (18). Um homem, 37 anos, e duas mulheres, 34 e 45, foram presos em flagrante por tráfico de drogas. O material, segundo a polícia, era vendido para atletas e lojas do segmento esportivo.
Com base em anotações apreendidas há dois meses, em uma ocorrência na região da Sé (centro de SP), a polícia levantou que a casa da zona norte era usada por uma quadrilha de traficantes de drogas. "Acompanhamos a rotina dos suspeitos por quase dois meses e verificamos uma movimentação suspeita na residência do Parque Edu Chaves", explicou o delegado Fabio Daré, titular da equipe de intervenção estratégica da 1ª Delegacia Seccional do centro.
Segundo a investigação, uma motocicleta saía quase que diariamente da região central de São Paulo, ia à casa da zona norte e retornava ao centro. A polícia acredita que o veículo era usado no transporte de anabolizantes.
Na casa da zona norte a polícia encontrou milhares de ampolas de medicamentos importados, aparentemente ilegais no Brasil, usados para aumentar a massa muscular e o rendimento de atletas. "Foi uma surpresa para nós [polícia] constatar que a casa era usada exclusivamente para produzir anabolizantes", afirmou o delegado titular, acrescentando que o material apreendido está avaliado em cerca de R$ 1 milhão.
Quando a polícia chegou ao local, não havia ninguém. Por isso, dois investigadores permaneceram na residência, enquanto um terceiro ficou na rua. Por volta das 9h30, duas mulheres e um homem chegaram e foram presos em flagrante. O trio prestaria depoimento à polícia ainda nesta sexta.
De acordo com Daré, o homem detido teria saído do sistema carcerário há cerca de dez dias. Ele conta com dois indiciamentos por tráfico de drogas, segundo o delegado. As duas mulheres não contavam com antecedentes criminais.
O chefe de investigações da 1ª Delegacia Seccional Luiz Carlos Zaparoli afirmou que a partir da prisão do trio, e também da análise de anotações apreendidas na fábrica clandestina, a polícia vai trabalhar para identificar mais suspeitos. "O objetivo agora é demonstar todo este esquema criminoso", afirmou.
Em meio às anotações apreendidas consta que atletas e lojas especializadas em suplementos esportivos são os principais compradores dos anabolizantes.