Aglomeração é a principal preocupação dos usuários de metrô em São Paulo
Pesquisa mostra maior aprovação do serviço em relação aos anos anteriores, mas 44% dos usuários desaprovam a segurança sanitária
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Após quase um ano de pandemia, a aglomeração é o fator que mais preocupa aqueles que precisam utilizar o metrô na cidade de São Paulo. Uma pesquisa realizada pelo Metrô mostra que 44% dos usuários classificam a segurança sanitária do transporte como "regular", "ruim" ou "muito ruim".
"O conceito de segurança sanitária abarca tudo que está relacionado à saúde pessoal e coletiva", explica Cecilia Guedes, chefe do Departamento de Relacionamento com o Passageiro. Segundo ela, são considerados quatro itens: orientação para o uso obrigatório de máscaras, fiscalização do uso de máscaras, orientação de prevenção da Covid-19 e segurança em relação à contaminação nas estações e trens.
Foi a primeira vez que a pesquisa, que é realizada anualmente, avaliou o quesito "segurança sanitária". O levantamento foi feito abordando 4.000 passageiros que utilizaram o transporte entre os dias 3 de novembro e 8 de dezembro do ano passado.
Para a estudante e atendente de telemarketing Giovana Lima, 22, o grande fluxo de pessoas utilizando o metrô não a deixa se sentir segura. "No horário de pico, não tem como ter distanciamento social. Todo mundo fica amontoado, alguns sem máscara", conta.
Giovana diz que, em relação à limpeza dentro do metrô, sente segurança. "Vejo funcionários limpando e, quando os trens chegam nas estações finais, funcionários entram higienizando os carros", relata a estudante. Segundo o resultado da pesquisa, a aprovação da limpeza dos trens e estações alcança 88% entre os usuários do serviço.
A atendente Stefany Santos, 19, utiliza o metrô e os trens da CPTM para ir trabalhar diariamente. "Saio de casa às 4h30 e volto lá pelo meio-dia. O transporte está sempre lotado."
"Do jeito que está, não me sinto seguro", conta o engenheiro Diogo Jesus, 33. Ele diz estar preocupado com a falta de controle da massa de pessoas nas estações e trens. "A gente tenta evitar ao máximo a aglomeração, mas precisamos desse meio de locomoção", acrescenta.
Cecilia Guedes diz que as linhas estão programadas para atender ao controle de lotação e garantir o distanciamento. Segundo ela, a demanda de passageiros atual é cerca de metade da anterior à pandemia.
A porta-voz do metrô também pontua a elevação nos níveis de aprovação em 2020 em relação aos anos anteriores. Em 2019, 59% dos passageiros estavam satisfeitos com o serviço do metrô. Na pesquisa de 2020, este índice atinge 67%. "Isso mostra como a gestão trabalhou durante o período", argumenta Cecilia.