Voltaire de Souza: Penetras no Morumbi
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Glória. Classe. Desforra.
Encerram-se nove anos de jejum.
O São Paulo Futebol Clube conquista o campeonato.
Fernandinho suspirava.
—Não dá nem para fazer uma festa…
O amigo se chamava Malzone.
—Ao ar livre acho que não tem problema.
—Com esse frio, Malzone?
—Sei lá… ficaria com um ar europeu.
Os sonhos do jovem milionário eram intensos.
—Chamar um monte de modelos…
Malzone tomou mais um aperitivo.
—Banda de rock.
—O time todo podia vir.
—Claro. Quem é craque merece o melhor.
Mas a pandemia é uma realidade.
—A gente podia molhar a mão de uns fiscais.
Fernandinho balançou a cabeça.
—Hoje em dia… adianta pouco.
—Será que alguém do governo é são-paulino?
—Tipo assim… o Pazuello?
—Um general qualquer.
—Quem sabe o Paulo Guedes.
Rajadas de frio castigavam as colinas do Morumbi.
O espirro de Malzone atingiu as proximidades do copo de Fernandinho.
A tosse de Fernandinho envolveu o espaço aéreo de Malzone.
A festa teve de ser cancelada.
Os dois procuram vaga num famoso hospital paulista.
Malzone vê bolinhas tricolores quando fecha os olhos.
—Todas entrando no gol…
—É o vírus, babaca.
A Covid, por vezes, é a maior penetra.