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Dúvida. Esperança. Enganação.
Surge um novo produto para a disfunção erétil.
O “melzinho do amor”.
A mistura é vendida por ambulantes perto da 25 de Março.
O sr. Norval procurava se informar.
—Será que vende também na internet?
O ambulante Marquinhos sorria com superioridade.
—Mas aí o senhor não tem garantia nenhuma…
Ele mostrava as embalagens em tons de preto e dourado.
—Este aqui é o produto autêntico.
O sr. Norval sofria as consequências da quarentena.
—Melhora em cinco vezes o seu desempenho.
O velho comerciante resolveu tentar.
A esposa se chamava Kyriane.
—Já chegou, amor?
De dentro do banheiro, veio a voz abafada.
—Ãh-hã.
Norval lutava com a embalagem de plástico.
—Vai demorar muito aí?
—Mmmf…
Com os dentes da frente, ele rompeu o lacre.
—Hum… tem gosto de mel mesmo.
A noite foi quente naquele sobrado do Jardim Saara.
No dia seguinte, Norval foi comprar mais.
Veio a informação. O ambulante Marquinhos já tinha sido preso.
—Vendia mel com água. Nada mais que isso.
Produtos se falsificam.
Mas a imaginação humana é como uma abelha.
Voa bastante até achar o caminho de casa.