Voltaire: Água e luz
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Seca. Estiagem. Crise hídrica.
O governo avisa.
É hora de economizar.
Ferro elétrico? Chuveiro?
Só em último caso.
O capitão Morretes estava engajado nessa luta.
—Aqui no distrito a gente está fazendo o possível.
Ele dava instruções aos policiais.
—Nada de internet, ok?
A luta contra o crime organizado exige, por vezes, tecnologia avançada.
—É. Mas o pessoal abusa no computador.
Games. Pornografia. Apostas.
—Bando de desocupados.
A prioridade se impunha.
—Nossa luta é, e sempre foi, contra a bandeira vermelha.
O investigador Carlinhos Pipoca apareceu com cara feliz.
—Capitão. Tem um bandido aí para o senhor interrogar.
Era o Kléberson. Menor abandonado.
—Roubou três sabonetes no supermercado.
Morretes deu um risinho.
—Nem branco é… e ainda quer tomar banho?
—Diz que é prevenção da Covid.
Morretes perdeu a paciência.
—Cinismo tem limite. Traz a maquininha.
O aparelho de choque elétrico tinha acionamento manual.
—Faço a investigação sem custo nenhum.
Água e eletricidade se economizam.
Mas é como dizem.
As instituições continuam funcionando normalmente.