Voltaire de Souza: Cadeiras que voam
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Violência. Pancadaria. Confusão.
Aconteceu num bar da zona Leste.
Seiscentas pessoas nem aí para a pandemia.
Dança. Bebida. Exaltação.
Do nada, começou a troca de socos.
As cenas no Tatuapé estão disponíveis em vídeo.
Cadeiras voando pelo ar.
O capitão Morretes analisava o caso.
—Cadê os seguranças?
Ele balançava a cabeça.
—Bando de frouxos.
Se dependesse dele, o desfecho seria diferente.
—Passava fogo nuns três baderneiros…
Morretes acendeu um cigarro.
—E todo mundo voltava para casa quietinho.
A conclusão era uma só.
—Tem de liberar as armas, pô.
Morretes pegou o telefone.
A proposta era de cunho comercial.
—Tenho uma empresa de segurança particular.
Ele tentava convencer o dono do estabelecimento.
—Mais eficiência. E sem essa coisa de só ficar assistindo.
Muitas mulheres se envolveram na briga.
—Vadia tem de apanhar também.
Veio o aviso de uma instância superior.
—Deixa o pessoal do bar em paz, Morretes.
—Ué. Por que, general?
—São dos nossos. Treinando para se a gente perder a eleição.
O clima político esquenta no país.
Quanto maior a briga, há menos cadeiras para o pessoal sentar.