Mãe quer renda de deficiente para filha

A auxiliar de enfermagem Tatiana Fernanda Granger Tavares, 34 anos, solicitou ao INSS, há alguns meses, o benefício dos deficientes de baixa renda, chamado de BPC (Benefício de Prestação Continuada da Assistência Social).

A renda é paga a idosos acima de 65 anos e a deficientes de famílias pobres.

Segundo Tatiana, o benefício é para sua filha Isabelly Granger dos Santos, de 8 anos, portadora de cardiopatia grave.

"Ela nasceu com a doença, que é rara, e afeta o coração e os pulmões. Descobrimos 48 horas depois do nascimento e, até hoje, eu corro muito em hospitais para tratá-la", afirma.

A auxiliar de enfermagem diz que pediu o BPC porque precisa de dinheiro para pagar remédios de uso contínuo e cuidar da menina em momentos de baixa imunidade, em que ela precisa de antibióticos caros.

A mãe conta que estava trabalhando, mas, com o agravamento da doença, precisou pedir demissão. Tatiana diz que já teve a concessão do BPC em outra ocasião e não entende porque, agora, ele foi negado.

"Na época, eu estava recebendo seguro-desemprego, por isso não pude ter o benefício. Minha filha já fez duas cirurgias e talvez faça outras."

Resposta

Em nota enviada pela assessoria de imprensa, o INSS informa que o benefício da filha de Tatiana Fernanda Granger Tavares foi negado porque a perícia concluiu que a doença da menina não atende aos critérios de deficiência.

"O INSS concluiu que a condição de saúde de Isabelly não atende o critério de deficiência para acesso ao benefício assistencial."

O órgão diz ainda que Tatiana tem prazo de 30 dias, contados da data em que ficou sabendo da negativa do instituto, para entrar com recurso.

"Não estou querendo criticar a capacidade do perito, mas talvez ele não entenda a doença da minha filha, pois é rara", diz ela.