Córrego vira esgoto e traz riscos à população

Em dezembro de 2017, o agente de atendimento Wa- shington Araújo da Silva, 49 anos, do Jardim Raposo Tavares, Butantã (zona oeste), reclamou ao Agora sobre um córrego na avenida Heitor Antonio Eiras Garcia, altura do número 5.985, próximo à sua casa.

De acordo com ele, o local era um esgoto a céu aberto, com cheiro insuportável.

Na época, a Prefeitura de São Paulo afirmou que havia um projeto de contenção das margens do córrego e a obra, orçada em R$ 1,8 milhão, estava em processo de contratação. Não foi dado prazo de quando ela seria realizada.

Segundo o leitor, nada foi feito e, de lá para cá, a situação só piorou.

"A calçada está praticamente destruída devido às chuvas. E ninguém parece estar preocupado em resolver. Não há muro, não há proteção alguma", relata.

"Há anos há boatos de que o córrego consta na prefeitura como canalizado, mas é obvio que não é verdade. Como eu contei há dois anos, já vi cachorros caindo na fossa e até um senhor quase morrer depois de cair no córrego. Os bombeiros precisaram fazer o resgate. E, como ninguém fez nada, tudo só piorou. A calçada está despencando, cheia de escombros", afirma ele.

Prefeitura de São Paulo
Tel.: 156

Caso pendente

A Secretaria de Infraestrutura Urbana e Obras informa que, após vistoria realizada em conjunto com a Subprefeitura do Butantã, a área citada pela reportagem foi isolada para segurança de pedestres e motoristas.

Por conta das fortes chuvas, afirma, houve rompimento da galeria de águas pluviais que passa sob a avenida Heitor Antônio Eiras Garcia.

O processo para contratação emergencial da obra no local está em andamento, de acordo com a secretaria de comunicação da prefeitura.