De fato, uma emergência

O pedestre paulistano bem sabe que caminhar pelas calçadas da cidade pode lembrar um rally, dada a quantidade de obstáculos, buracos, degraus e desníveis.

Acesso de cadeirantes na avenida Celso Garcia esquina com a rua Marquês de Abrantes. Há um buraco na saída da rampa - Rubens Cavallari - 1.mai.19/Folhapress

A dificuldade é ainda maior para cadeirantes e pessoas com locomoção reduzida, que precisam enfrentar ruas e avenidas sem rampas de acesso ao passeio.

Nos últimos anos, a prefeitura fez um esforço para melhorar as calçadas, mas ainda falta muito. Chega a ser um espanto que até mesmo a avenida Paulista, em alguns cruzamentos, não tenha acessibilidade.

A administração municipal poderia, também, cuidar melhor das rampas já existentes. O Vigilante Agora percorreu 95 km por toda a cidade e encontrou falhas em muitas delas.

Apesar do grande movimento de pedestres, a avenida Engenheiro Caetano Álvares (zona norte) não tem piso tátil —fundamental para o tráfego de deficientes visuais— em vários trechos. Em outros, as rampas são estreitas ou têm buracos.

Também é comum encontrar degraus entre a via e a rampa, como em um ponto da rua Vergueiro (zona sul). Lixo e entulho costumam travar a passagem na avenida Ipiranga (região central).A gestão Bruno Covas (PSDB) diz que o casos mencionados na reportagem passarão por obras de recuperação.

Afirma ainda que prevê reformas nas rotas com maior circulação de pedestres em todas as regiões da capital.

A meta é ambiciosa, mas ao menos o nome do projeto —Plano Emergencial de Calçadas— já indica um bom diagnóstico da gravidade da situação. 

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