Timão mantém tabu contra o Vasco, mas só soma um ponto

Mateus Vital faz um golaço, mas pênalti infantil de Carlos impede vitória corintiana na Arena da Amazônia

Enquanto Vital celebra discretamente o gol contra o Vasco, seu ex-time, Vagner Love expressa alegria na Arena da Amazônia
Enquanto Vital celebra discretamente o gol contra o ex-time, Vager Love não disfarça a emoção - Daniel Augusto/Ag. Corinthians
DO UOL

 O Corinthians manteve o tabu de nove anos sem perder para o Vasco, mas não fez bom jogo na Arena da Amazônia e apenas empatou por 1 a 1. Em jogo de pouca criatividade e inspiração, Mateus Vital abriu o placar com um golaço, mas Maxi López, de pênalti, empatou.

Foi o primeiro ponto do Cruzmaltino no Brasileirão. Já o Timão chegou a quatro após três rodadas.

O primeiro tempo corintiano foi à moda Carille. Aos 16min, Mateus Vital fez espetacular jogada individual pela esquerda e marcou um golaço. Depois disso, o time paulista se encolheu e deixou Pikachu crescer. Foi ele quem encontrou Rossi em velocidade pela direita, no lance que rendeu o pênalti para o Vasco. O árbitro havia dado escanteio, mas mudou de ideia depois de consultar o VAR. Maxi converteu de novo —ele nunca errou um penal com a camisa— cruzmaltina e empatou aos 39min.

Do lado corintiano, o atacante André Luis não conseguiu fazer jus à oportunidade que ganhou de Fábio Carille. Ele voltou a ser titular após 101 dias, mas ficou abaixo da crítica: muitos erros de passe e pouca ousadia na ponta direita, onde não conseguiu combinar com Michel Macedo ou Richard.

A estratégia do Vasco foi acertada, mas a execução deixou a desejar. Contra um Corinthians desorganizado e cheio de reservas, o interino Marcos Valadares conseguiu que seu time fosse melhor no meio de campo.

Faltou organização ao Corinthians, que sentiu as ausências de Fagner, Manoel, Henrique, Danilo Avelar, Júnior Urso e Gustagol, além dos poupados Sornoza e Boselli. Só Cássio e Ralf começaram jogando, o que prejudicou bastante o jogo coletivo alvinegro. O meio-campo teve dificuldades para trocar passes e atrasou muitos ataques, que dependeram essencialmente de jogadas individuais. Na defesa, o time errou a marcação e deu ao Vasco espaços que não costuma ceder aos adversários. Carlos, por exemplo, perdeu quase todas as disputas com Rossi _inclusive a do pênalti

O único destaque corintiano foi Vital. Revelado pelo Vasco, ele não mostra muita piedade quando reencontra o ex-clube. O meia já havia marcado no último jogo entre paulistas e cruzmaltinos.
Fábio Carille conseguiu melhorar a capacidade criativa ao Corinthians com as entradas de Ramiro, Pedrinho e, principalmente, Clayson. O trio se movimentou melhor e combinou jogadas com mais precisão do que Richard, Mateus Vital e André Luis, que saíram. Mesmo assim, não o suficiente para pressionar o Vasco. Isolado no ataque, Vagner Love mal foi acionado e fez jogo extremamente discreto.

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