O técnico em manutenção Hélio de Souza Cardoso, 65 anos, diz que fez o pedido de aposentadoria especial ao INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) há quase dois anos e que, até hoje, espera uma resposta.
Ele explica que, como tem laudos que comprovam a perda de audição severa em ambos os ouvidos por causa do trabalho, tem direito à contagem de tempo especial por insalubridade.
“Somando tudo, tenho 36 anos de contribuição.” Ele diz que tem até mais do que os requisitos exigidos para a aposentadoria especial.
O leitor explica que, desde 2018, ele e a esposa dependem financeiramente da ajuda das filhas.
“De lá para cá, estou desempregado e não consigo trabalho. Primeiro pela minha idade e depois pela minha audição. Quero trabalhar, mas não aceitam, quem vai contratar?”
Hélio diz que chegou a procurar vagas específicas para pessoas portadoras de deficiência, mas que os salários eram “ridículos” e que as funções não condiziam com a sua experiência.
“O que ofereciam era um mínimo, um mínimo e meio. Não dá nem para pagar minhas despesas. O total com casa, condomínio, comida e remédio gira em torno de R$ 2.500. Como que vou ganhar R$ 1.000? Com a aposentadoria, aí sim, pode até ser. Por isso estou pedindo a ajuda de vocês, para perguntar ao INSS por que demora tanto para conseguir o meu direito.”
Órgão diz que falta tempo de contribuição
Em resposta, o INSS diz que o pedido de aposentadoria do leitor Hélio de Souza Cardoso foi indeferido no dia 25 de março por falta de tempo de contribuição.
“Caso não concorde com a decisão, o segurado pode protocolar um recurso contestando o indeferimento”, diz o órgão, em nota.
Mais detalhes do processo e protocolo do recurso podem ser solicitados pelo telefone 135 ou pela internet, no endereço http://gov.br/meuinss.
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