Polícia

18/04/2009

Polícia prende 4 e encerra caso de executivo

Mariana Pinto
do Agora

A polícia afirmou ontem ter esclarecido o assassinato do executivo da JBS-Friboi Humberto de Campos, 47 anos, ocorrido em dezembro de 2008. Para a polícia, a morte foi encomendada pela ex-mulher da vítima e contou com a participação do irmão dela e de outros dois homens. Os quatro estão presos.

A primeira a ser detida foi a ex-mulher de Campos, Giselma Carmem Campos Carneiro Magalhães, 44 anos. A prisão aconteceu no dia 2 deste mês, depois de a polícia pedir a quebra do sigilo telefônico do celular do executivo.

Durante as investigações, policiais chegaram até o irmão de Giselma, Kairon Walter Alves, 52 anos. Ele foi preso no Maranhão no último dia 8. Depois da prisão dele, policiais detiveram no último dia 14, em São Paulo, Osmar Gonzaga Lima, 49 anos, e Paulo dos Santos, 40.

Foi por meio da quebra de sigilo telefônico do executivo que a polícia conseguiu esclarecer o que aconteceu na noite do assassinato.

Segundo policiais, horas antes de ser morto, Campos recebeu uma ligação que partiu do celular de um dos filhos dele. O executivo havia marcado de jantar com o garoto naquele mesmo dia.

Momentos antes do encontro, a pessoa ligou para Campos do celular do filho dizendo que o rapaz estava passando mal. O telefonema era, na verdade, uma estratégia para atrair Campos até o local do assassinato, na rua Alfenas, na Vila Leopoldina (zona oeste de SP).

De acordo com a polícia, foi o irmão de Giselma quem ligou para Campos. O celular do filho do executivo foi encontrado com ele no Maranhão.

Policiais dizem que, inconformada com a separação, Giselma chamou o irmão para ajudá-la na morte do ex-marido. Alves vinha com frequência à capital paulista para comprar, segundo a polícia, objetos produtos de furto para vender no Maranhão. Com quatro condenações por tráfico de drogas, ele passou 18 anos preso e saiu no ano passado da cadeia.

Ao saber da intenção da irmã, Alves teria entrado em contato com um homem apelidado de Pica-Pau. Segundo os policiais, Giselma oferecia R$ 30 mil pelo assassinato.

Pica-Pau teria recusado a proposta, mas indicou, segundo a polícia, os outros dois presos no caso, Lima e Santos. Ainda de acordo com policiais, Lima foi quem forneceu a arma usada no crime, um revólver calibre 38 enferrujado, e Santos foi quem disparou três vezes em Campos. A moto usada no crime foi emprestada por um amigo. Pica-Pau e esse amigo estão foragidos.

Policiais disseram ainda que Giselma recebia uma pensão de R$ 40 mil de Campos. O delegado Marcos Carneiro, diretor da delegacia de homicídios, confirmou que ela recebia dinheiro, mas não confirmou o valor.

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