Empresário de SP fornecia droga a facção

A Polícia Civil do Rio de Janeiro prendeu o empresário Raphael Souza Antunes, de São Paulo, apontado como o principal fornecedor de drogas do PCC (Primeiro Comando da Capital), em SP, e do Comando Vermelho, no Rio.

Foram apresentados ontem, ainda, mais cinco empresários --entre eles Luciano Sacramento dos Santos, também de São Paulo-- ligados aos ramos da construção civil e de seguros envolvidos com o tráfico, segundo a polícia.

A quadrilha financiava o transporte de drogas do Paraguai para os chefes do tráfico no Rio, em São Paulo e em outros Estados do Nordeste, de acordo com a polícia. As prisões ocorreram em Brasília (DF) e em Ponta Porã (MS).

Em Brasília, todo o prédio da construtora Confel foi revistado por agentes. Dois irmãos foram presos.

Outros dois suspeitos foram detidos em Ponta Porã, na fronteira com o Paraguai.

Segundo o delegado Felipe Curi, que chefiou a operação, as investigações começaram a partir do levantamento da movimentação financeira de traficantes presos em janeiro deste ano com uma tonelada de maconha na favela da Grota, no complexo de favelas de Manguinhos, na zona norte do Rio de Janeiro.

A polícia achou uma agenda com movimentação de quase R$ 17 milhões entre maio de 2009 e janeiro deste ano.

Parte da quadrilha comprava drogas no Paraguai --o produto entrava no Brasil por Ponta Porã. Santos comprava os carros que seriam utilizados para distribuí-la, e o dinheiro obtido com a venda era lavado pela construtora Confel, segundo a polícia.

"O objetivo é, agora, seguir o dinheiro desses elementos", disse Curi.

Resposta

A reportagem não conseguiu localizar ontem os advogados de Raphael Souza Antunes e de Luciano Sacramento, empresários de São Paulo suspeitos de participar do esquema de tráfico, de acordo com a polícia. A reportagem também não conseguiu encontrar os advogados dos demais suspeitos e da construtora Confel.