Descrição de chapéu Centro

Maioria usava seus celulares no momento do arrastão na Paulista; veja vídeo da ação

Crime ocorreu no final da tarde deste domingo (19), dia em que a via fica fechada para lazer

São Paulo

A maioria das vítimas que tiveram os celulares levados por criminosos durante furtos em série ocorridos por volta das 17h40 deste domingo (19), na avenida Paulista (região central da capital), usava os aparelhos fazendo ligações, enviando mensagens ou tirando fotos.  

Três adultos, dois com 19 anos e um com 18, foram presos, e um adolescente de 13, detido e levado à delegacia. 

Em dezembro do ano passado, comerciantes da avenida Paulista afirmam ao Agora serem alvos de ataques de um grupo de crianças e adolescentes que, além de furto, é acusado de jogar pedras e azulejos contra os estabelecimentos.

Segundo o delegado Júlio Geraldo, do 78º DP (Jardins), nove vítimas procuraram a delegacia para registrar o furto de seus aparelhos. Ele afirmou que investigadores monitoram boletins de ocorrência eletrônicos de furto na região para quantificar quantas vítimas de fato tiveram seus celulares levados por bandidos.

“Prefiro não confirmar nenhum número ainda, para estabelecer quais furtos de fato ocorreram durante o evento na [avenida] Paulista”, justificou. 

Imagens de câmera de segurança mostra a ação dos criminosos e a correria na avenida, no domingo.

O policial acrescentou que, até o momento, nenhum celular furtado durante os arrastões foi recuperado. 

A reportagem apurou que das nove vítimas que foram à delegacia, cinco usavam o aparelho enviando mensagem, falando ao telefone ou tirando fotos. As demais tiveram seus aparelhos retirados pelos ladrões de dentro de bolsas e bolsos.

“O ladrão sempre atua no descuido. Se notar que a vítima está atenta, ele vai evitar furtá-la e vai procurar os mais descuidados”, destacou Geraldo. 

Pedestre manuseia celular na avenida Paulista, na região central de SP - Diego Padgurschi - 21.jul.16/Folhapress

Segundo o delegado, os ladrões observam pessoas distraídas, quando elas manuseiam o celular, ou que ainda deixam os aparelhos em pontos vulneráveis, como nos bolsos de trás de calças e bermudas. 

Ao encontrar uma vítima em potencial, continuou o delegado, o ladrão pega o aparelho e imediatamente o repassa para algum comparsa. Quando a vítima vai tirar satisfações com o criminoso, ele nega o crime, gerando tumulto, fazendo com que outros criminosos peguem os celulares de outras pessoas. 

Segundo boletim de ocorrência, após um criminosos que foi preso ser identificado por uma vítima, que acionou a polícia, ele jogou dezenas de celulares no chão, provocando um tumulto, durante o qual suspeitos pegaram os aparelhos e fugiram. 

Foi apurado que os criminosos furtaram celulares avaliadas entre R$ 500 e até R$ 10.000. 

A polícia agora trabalha para identificar vítimas e criminosos para estabelecer o total de casos ocorridos neste domingo (19) na avenida Paulista.  

Como evitar ser vítima

  • Evitar usar ostensivamente o celular em aglomerações 
  • Quando precisar mandar mensagens, ou atender ligações, olhe antes ao redor
  • Caso queira tirar uma selfie, peça ajuda de amigos, para que ajudem 
  • Não guarde o aparelho em pontos vulneráveis, como bolsos traseiros de calças e bermudas
  • Sempre tenha o número do IMEI (código de identificação do aparelho guardado em casa) 
  • Caso for furtado, procure a polícia imediatamente e registre um boletim de ocorrência 

Fonte: Polícia Civil

Associação 

A Associação Paulista Viva afirmou, em nota, ser favorável ao fechamento da via, aos domingos e datas especiais, para o uso do público em geral. 

No entanto, a entidade cobra mais fiscalização e ação das autoridades para o combate ao comércio ilegal de bebidas e para controlar os índices de barulho. 

Resposta 

A SSP (Secretaria de Segurança Pública), gestão João Doria (PSDB), afirmou que a Polícia Militar realiza rondas diárias na região da avenida Paulista com carros, motos, bicicletas e também a pé. A pasta destacou que há uma base da corporação, em frente ao Parque Trianon, para atender à população. 

De janeiro a novembro do ano passado, ainda segundo a SSP, 1.341 pessoas foram presas na região por crimes em geral. 

Segundo a Polícia Civil, em 2019 foram recuperados na região central da capital paulista mais de 3.000 celulares roubados e furtados. 

“O 11º Batalhão da PM, responsável pela área, analisa permanentemente os indicadores criminais para reorientar as estratégias de combate ao crime, razão pela qual reforça a importância do registro de boletim de ocorrência pelas vítimas”, diz trecho de nota da SSP.

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