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Suspeito de estuprar quatro mulheres em SP é preso em Mato Grosso do Sul

Em um dos casos, homem de 53 anos teria enganado a vítima com uma falsa promessa de emprego em um hotel da região central da capital, segundo a polícia

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São Paulo

Um homem de 53 anos foi preso na segunda-feira (10), em Mato Grosso do Sul, onde, segundo a polícia, estava foragido havia quase um mês, sob a suspeita de cometer um estupro na capital paulista em outubro do ano passado. Ele foi transferido para São Paulo na terça-feira (11), onde é investigado por ao menos quatro crimes sexuais, incluindo o que motivou a prisão.

O Agora apurou que o suspeito registrou, em vídeos feitos com celular, estupros realizados nos últimos quatro anos. Por isso, a polícia estima que o homem possa ter estuprado mais de dez mulheres. O material é analisado para a identificação de possíveis vítimas.

Viatura da Polícia Civil de São Paulo; investigações levaram dez meses até suspeito de estupro na capital paulista ser preso no Mato Grosso do Sul - 31.mar.20/Folhapress

Um estupro atribuído ao suspeito, em outubro do ano passado, deu início às investigações da Polícia Civil. Segundo o delegado Wilson Roberto Zampieri, titular do 6º DP, ele trocou mensagens com uma vítima, prometendo uma vaga de emprego. Eles marcaram uma conversa e, após se encontrarem, o homem teria convencido a mulher a acompanhá-lo até um hotel no Cambuci (região central da capital paulista), onde ele teria dito que ocorreria uma seletiva para a falsa vaga de emprego.

No quarto, ele a ameaçou de morte, mentindo ser policial civil, e a estuprou, de acordo com o delegado. A mulher registrou a denúncia contra o suspeito em 26 de outubro. Após cerca de dez meses de investigação, a polícia identificou o desempregado e começou a procurá-lo em endereços na capital paulista e na Grande SP.

Em 16 de julho, dois investigadores localizaram o homem dentro de um carro, em Itapecerica da Serra (Grande SP). Quando um dos agentes, uma mulher, se aproximou do veículo, o suspeito acelerou e jogou o carro para cima da policial, segundo boletim de ocorrência. A investigadora chegou a dar um “tiro de advertência”.

Na sequência, ainda de acordo com a polícia, o suspeito jogou o carro para cima do outro investigador, que também atirou. Ninguém se feriu. O veículo foi encontrado abandonado na rua Lisboa, a cerca de 1 km do local da abordagem. No dia seguinte, a Justiça decretou a prisão temporária, por 30 dias, do desempregado.

A prisão

Segundo a polícia, a investigação apontou que o suspeito estava escondido em uma área rural de Mato Grosso do Sul. "Acionamos a Polícia Civil da região e investigadores de lá ficaram sabendo da chegada de um estranho na região rural e, por isso, descobriram onde o suspeito estava. Ele foi preso em seguida", explicou o titular do 6º DP.

Segundo a Polícia Civil de Mato Grosso do Sul, o suspeito estava havia quase um mês em uma fazenda na região da cidade de Brasilândia, cerca de 280 km da capital Campo Grande.

Caso tenha sido vítima do suspeito procure o 6º DP no telefone (11) 3208-6065 ou ligue para o Disque Denúncia (181).

Defesa alega inocência

O advogado Carlos Eduardo Pereira da Silva, que defende o suspeito preso, afirmou que seu cliente "nega com veemência" ter cometido crimes sexuais. "Segundo o que foi dito a mim, em particular, jamais houve por parte dele a prática de violência ou grave ameaça contra quem quer que seja", afirmou o advogado.

Sobre a acusação de tentativa de atropelamento dos dois policiais civis, o defensor afirmou que seu cliente "jamais teve a intenção de matar alguém". "Acrescentando, inclusive,, que no momento em foi abordado pelos policiais do 6º DP, os confundiu com bandidos e pensou se tratar de uma tentativa de homicídio contra si, motivo pelo qual saiu do local dos fatos daquela forma", disse. O suspeito não tem antecedentes criminais.

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