Prefeitura faz miniciclovia de 30 metros em avenida

Uma miniciclovia de cerca de 30 metros na avenida Regente Feijó, no Belém (zona leste), tem deixado os comerciantes e moradores do local inconformados.

Por ter sido instalada em um trecho muito pequeno, eles dizem que os ciclistas não usam o espaço e a instalação só contribuiu para aumentar o trânsito na região.

Instalada em abril, a faixa exclusiva para as bicicletas é alvo de protestos desde quando a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), ligada à gestão Fernando Haddad (PT), começou a fazer as medições.

"Nós brigamos, fechamos a rua, levamos as reclamações até a prefeitura, mas fomos ignorados. Esse pedacinho foi instalado de qualquer jeito", disse o comerciante João Carlos Gonçalves, 53 anos. Ele tem um restaurante na frente da faixa.

"Se nesses meses eu vi dois ciclistas usando essa faixa, foi muito. A impressão é que eles fizeram essa ciclovia aqui só para não deixar os carros pararem na frente dos comércios", afirmou.

A ciclovia mais próxima do trecho está a cerca de 50 metros, no sentido contrário da avenida Álvaro Ramos.

A faixa começa na altura do número 2.242, após um ponto de ônibus.

Resposta

A CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), da gestão Fernando Haddad (PT), disse que a distância entre as ciclovias foi necessária devido a um ponto de ônibus na avenida Álvaro Ramos.

A companhia afirmou que o local foi sinalizado com base na regulamentação de que o ciclista tem preferência sobre os ônibus.

"Ressaltamos que, nos cruzamentos, o ciclista deve desmontar e atravessar na faixa de pedestres", afirmou a nota.

O texto disse ainda que está em fase de projeto a ligação da ciclovia da Álvaro Ramos com a avenida Abel Ferreira –a miniciclovia da Regente Feijó faz parte desse projeto.

Segundo a CET, os trechos fazem parte da ciclovia Taquari, que faz conexão com a região da Mooca (zona leste).

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