Cafetões faturam R$ 30 mil por semana na Indianópolis

Cafetões faturam ao menos R$ 30 mil por semana explorando a prostituição na região da avenida Indianópolis, no Planalto Paulista (zona sul), sob vistas grossas das polícias Civil e Militar.

O Agora apurou que cada rua tem um dono e pelo menos cinco pessoas loteiam o espaço público e recolhem a grana arrecadada entre as garotas de programa do bairro.

A prostituição não é crime, mas a cafetinagem é.

Para trabalhar, as garotas são obrigadas a "pagar o pau", que é o ponto onde se prostituem, para os cafetões Renata, Renato, Bete, Luiza e Tati Travesti, os mais conhecidos do pedaço.

Outro deles, Mineiro, está sumido e deixou Renata em seu lugar.

Cada prostituta deixa de R$ 120 a R$ 200 por semana para o cafetão.

As mais novas, incluindo aquelas que parecem menores, pagam R$ 50 por dia.

Travestis, que ficam principalmente do lado ímpar da Indianópolis, disseram que não têm cafetões, embora entidades ligadas a elas digam que muitas são agenciadas ao chegar à capital.

Resposta

A Polícia Civil diz que o 27º DP (Campo Belo) investiga casos de rufianismo, que é o ato de tirar proveito da prostituição alheia, e já pediu a prisão temporária de diversas pessoas da região.

"A Polícia Civil também tem contato direto com as associações de moradores dos bairros de Moema e Planalto Paulista para facilitar as investigações e monitorar o comportamento criminoso na região", diz.

A Polícia Militar afirma que atua de maneira preventiva na "preservação da ordem e da segurança pública".

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