Obra de CEU parada em 2015 leva insegurança ao Tatuapé

A paralisação das obras do CEU (Centro Educacional Unificado) Carrão, no Tatuapé (zona leste), trouxe insegurança para os moradores da região.

Com o abandono, a população que frequentava o local para usar o parque Sampaio Moreira, que abriga o terreno do futuro CEU, viu o número de roubos naquela área aumentar.

A construção começou em 2015, ainda na gestão Fernando Haddad (PT), e parou no mesmo ano.

Segundo moradores e comerciantes do entorno, os bandidos não têm hora definida para agir.

"A segurança piorou muito depois do fechamento do parque. Passa menos polícia. Dois anos atrás, um bandido entrou na minha loja, rendeu as funcionárias e levou o dinheiro do caixa", diz o comerciante José Américo Figueiredo, 35.

Os vizinhos dizem que os bandidos usam o fato de parte do terreno do parque estar fechada para cometer assaltos na rua Monte Serrat, onde ficaria a entrada do CEU, pular o muro e fugir pela obra.

"Depois das 20h, não dá para passar por aqui, é muito escuro. Um cara me abordou armado, roubou meu celular e fugiu por dentro do parque. É uma vergonha", diz o autônomo Cícero Rodrigues de Assis, 60 anos.

Resposta

A gestão Bruno Covas (PSDB) disse que em 2017, quando João Doria (PSDB) tomou posse, encontrou todas as obras na área de educação paradas e que "conseguiu retomar as de creche e pré-escola".

Disse ainda que, neste ano, reabriu dois campos de futebol, quadra de basquete e academia de ginástica do parque. Seguranças foram contratados, diz, bem como equipe de limpeza e manutenção.

A gestão não disse quando retomará a obra. O ex-prefeito Fernando Haddad (PT) não respondeu.

A Secretaria da Segurança Pública, sob gestão Márcio França (PSDB), diz que houve redução de 37% nos roubos nas ruas do entorno do parque.

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