Nas ruas
29/01/2019

Pacientes reclamam de falta de médicos no Mandaqui

William Cardoso
do Agora

Pacientes e funcionários do hospital do Mandaqui (zona norte de SP) enfrentaram dificuldades provocadas por falta de médicos e até de energia elétrica entre o sábado e o início desta semana. Demora no atendimento foi o principal problema relatado por quem precisou de ajuda nos últimos três dias.

Segundo funcionários de diversos setores, houve falta de energia na madrugada de sábado para domingo e o pronto-socorro precisou fechar as portas na ocasião.

Já ontem pela manhã, diante da falta de médicos, parte dos pacientes que chegavam ao pronto-socorro foi orientada a procurar ajuda em outras unidades de saúde, segundo os funcionários.

No meio da manhã, a informação era de que ninguém deixaria de ser atendido, mas não havia previsão para que isso ocorresse.

No horário do almoço de ontem, o ortopedista que servia tanto à emergência quanto ao pronto-socorro foi obrigado a priorizar o centro cirúrgico, segundo funcionários, o que atrasou ainda mais o atendimento geral.

Demora

O eletricista Eleno Francisco dos Santos Filho, 39 anos, disse que chegou ao hospital às 22h de domingo com torção em um dos pulsos, que já havia quebrado anteriormente. "Só fui atendido agora [por volta das 13h de ontem]. Passei a noite em claro e, às 7h, disseram que o ortopedista estava em cirurgia. Voltou a atender só de manhã. Mandaram ir para o PS Santana", afirmou.

Santos Filho contou que a espera pelo atendimento o fez perder um trabalho agendado para ontem.

Resposta

A Secretaria Estadual da Saúde, sob gestão de João Doria (PSDB), disse que as informações apuradas pela reportagem são inverídicas. Segundo a secretaria, o Conjunto Hospitalar do Mandaqui funciona ininterruptamente e não houve fechamento do pronto-socorro na madrugada de domingo, porque cinco geradores garantiram o atendimento.

Segundo a secretaria, durante a madrugada, foram atendidos cinco casos emergenciais. "Nessa data, o hospital atendeu cerca de 200 pacientes, da meia-noite às 19h", disse, em nota. Sobre o eletricista, diz que foi aberta ficha às 22h40 e, cerca de uma hora depois, o paciente foi chamado para atendimento, mas não respondeu. Isso teria ocorrido em três chamadas na madrugada e o paciente só teria reaparecido ontem, às 11h48, quando foi atendido.

Leia esta reportagem completa na edição impressa do Agora, nesta terça, 29 de janeiro, nas bancas

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