Usuários de vale-transporte se queixam de pagar mais

Trabalhadores que utilizam o Bilhete Único vale-transporte reclamam por estarem sendo obrigados a pagar por uma segunda passagem de ônibus à parte da integração.

Desde o último dia 1º, a gestão Bruno Covas (PSDB) reduziu o número de embarques em ônibus e a integração com o transporte sobre trilhos, metrô e trem.

Trabalhadores só descobriram que tiveram o benefício reduzido quando sentiram no bolso o acréscimo ou após buscarem esclarecimentos na SPTrans, empresa que administra o transporte público, segundo reclamam.

Resposta

A Prefeitura de São Paulo, da gestão Bruno Covas (PSDB), diz, em nota, que no caso de quem necessita fazer mais do que dois embarques por sentido, o empregador deverá conceder mais créditos para o trajeto do funcionário que, por sua vez, não pagará nada a mais por isso.

Pela legislação trabalhista, o funcionário só pode ter descontado até 6% de seu salário referente ao vale-transporte.

Segundo a prefeitura, não cabe ao município arcar com custos que, por lei, são de responsabilidade do empregador, o que resulta em menos dinheiro do poder público para investir em outras áreas.

"Vale destacar que, com a mudança, houve aumento do tempo de integração do crédito vale-transporte passando a ser de três horas, para a realização de dois embarques", diz a nota.

"As empresas que, eventualmente, negarem complementar os créditos para seus empregados estarão ferindo a legislação do vale-transporte por não garantir o custeio das viagens entre residência trabalho".

A SPTrans diz não ter recebido nenhuma reclamação de usuários.

Também afirma que desde o início da divulgação da mudança, informou que o usuário do Vale-Transporte passaria a ter direito a dois embarques em um período de três horas.

"O tempo para utilização no sistema sobre trilhos é definido pelos administradores daqueles sistemas, ou seja, o Governo Estadual e, neste caso, a integração, desde a sua criação somente pode ser realizada nas duas primeiras horas."

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