Desabamento de prédio leva pânico a moradores vizinhos

Um prédio em processo de demolição desabou anteontem na rua Augusta (região central de SP), por volta das 23h30, e causou pânico a moradores de um edifício próximo.

Minutos após o desabamento, cerca de 50 pessoas desceram do imóvel correndo pelas escadas --algumas vestindo pijamas.

O edifício que desabou tinha quatro andares e abrigava a Escola Municipal Patrícia Galvão.

O imóvel já estava em processo de demolição junto com o antigo hotel Ca'd'Oro --no local será construída uma torre com salas comerciais e flats.

O impacto causou forte estrondo e deixou ruas, carros e prédios vizinhos cobertos de poeira.

"Estava levando umas latinhas para jogar no lixo quando vi o prédio ir abaixo. Fez um barulho muito forte", diz José Antônio da Silva, 43 anos, copeiro que trabalha próximo ao local.

Resposta

A Brookfield Incorporações, empresa responsável pela construção em que aconteceu o acidente, disse que a "demolição da estrutura da escola estava sendo realizada manualmente".

De acordo com a construtura, o planejamento para derrubar o prédio vizinho ao hotel Ca'd'Oro era "seguro e foi desenvolvido para causar menor impacto na vizinhança".

Sobre o desabamento de ontem, afirmou que a Defesa Civil foi acionada e "verificou que não houve qualquer dano estrutural ao entorno".

Segundo a empresa, um perito fará uma nova análise no local hoje e estará à disposição dos vizinhos para esclarecimentos.

Resposta 2

A Subprefeitura da Sé disse, em nota, que equipes enviadas ao local constataram "que não houve dano a nenhum imóvel vizinho" e que "a obra não oferece riscos aos moradores da região e pode continuar".

A subprefeitura afirmou, também, que as obras estão regularizadas. Segundo a nota, a construtora Brookfield se comprometeu a limpar os prédios vizinhos, atingidos por uma grande quantidade de poeira.

O coordenador da Defesa Civil municipal, Jair Paca de Lima, disse que vai hoje ao prédio dos moradores --eles estão apreensivos com eventual risco de desabamento. Segundo ele, há a suspeita de que a demolição de anteontem tenha fugido do controle por conta da chuva.

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