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IML contradiz hospital sobre morte em parto
Simei Morais e Tatiana Cavalcanti
do Agora
Uma família acusa um hospital pela morte de um bebê durante o parto da criança, realizado no sábado de manhã na Vila Matilde (zona leste de São Paulo).
O laudo do Hospital São Carlos, assinado pelo médico Sérgio Gustavo Coca Ruiz, 42 anos, afirma que a criança morreu de causas naturais.
Porém, o laudo do IML (Instituto Médico Legal) aponta que a causa da morte foi "secção na coluna cervical C5".
Um legista consultado pela reportagem afirmou que isso indica que o pescoço da criança foi quebrado.
A família fez boletim de ocorrência e pretende processar o obstetra e o hospital.
A criança, Nicole, nasceu com 53 cm e 4,7 quilos.
"Eu estava na sala ao lado e, quando disseram 'saiu', fiquei na expectativa do choro, que não veio", conta o pai, o ajudante de serviços gerais Eronides Henrique da Silva, 52 anos.
A mãe, a dona de casa Iracema Santos de Oliveira, 43 anos, diz que ouviu apenas um gemido.
"Imediatamente a colocaram em uma mesa ao lado", diz.
O IML atesta que houve tentativa de reanimação.
Resposta
O médico Sérgio Gustavo Coca Ruiz afirmou, por meio de nota, que a mãe é uma "gestante idosa" e de risco, pois tinha diabetes gestacional.
Ele disse ainda que a mulher passou em consulta dizendo estar com "contrações há mais de 24 horas (trabalho de parto muito prolongado e sem nenhum tipo de assistência)".
Isso, afirmou, impossibilitou uma cesárea.
Segundo ele, houve complicações no parto por causa do tamanho do bebê e de sua posição.
O hospital se pronunciou só por meio da nota do médico.
- Leia esta reportagem completa na edição impressa do Agora nesta terça, 23 de outubro, nas bancas
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