Sem palavras

Escolhi a foto acima para ilustrar a coluna de hoje porque ela é capaz de expressar ao mesmo tempo o carinho e a gratidão da aluna por seu professor e a admiração e o orgulho do mestre, que ensinou a garota a ler.

Mais do que isso: deu à menina uma razão para viver em meio às atrocidades da Segunda Guerra Mundial.

Trata-se de uma cena protagonizada pelos atores Geoffrey Rush e Sophie Nélisse no filme "A Menina que Roubava Livros", que estreia aqui no fim do mês.

O longa é baseado em um livro do australiano Markus Zusak, publicado em 2005, que logo virou um fenômeno editorial.

Confesso que conhecia a obra (que agora ganha edição especial), mas não tinha tido a curiosidade de lê-la antes de ouvir falar do roteiro do filme. Uma pena, porque o livro é lindo. O filme também é, mas o livro é ainda mais.

Narrado pela Morte, "A Menina que Roubava Livros" (R$ 39, Intrínseca, 480 págs.) tem como fio condutor o amor pelos livros, que se faz presente por meio de diferentes personagens. O principal deles é a garota Liesel Meminger, mandada pela mãe comunista para viver no subúrbio de uma cidade alemã com um casal que aceitou criá-la em troca de dinheiro.

O homem que aparece na foto é o pai adotivo da menina, um veterano de guerra bonachão que a ensina a ler.

A partir daí, a luta pela sobrevivência faz parte da história de paixão entre Liesel e os livros.

Vivian Masutti, 28 anos, é jornalista formada pela Cásper Líbero e bacharel em letras pela Universidade de São Paulo - vivian.masutti@grupofolha.com.br

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