Loucuras do mestre

Aos 90 anos recém-completados, o escritor Rubem Fonseca mostra, com o lançamento do livro "Histórias Curtas" (R$ 34,90, 176 págs., Nova Fronteira), que continua em plena forma literária.

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O estilo duro, conciso e direto que o consagrou domina a narrativa de toda a obra, que, como o próprio nome já sugere, é composta de 38 pequenos contos.

Um dos maiores prosadores brasileiros da atualidade, Fonseca faz no livro um sincero elogio à loucura.

Todos os contos são narrados em primeira pessoa, invariavelmente por mentes tão divertidas quanto doentias: um homem que se apaixona perdidamente por uma árvore, outro que é internado e submetido a um tratamento de choque e até um casal que se reencontra, depois de muitos anos, só que os dois estão cheios de expectativas e bastantes quilos a mais.

Além desses, outros temas acerca das diferentes formas de decadência humana ganham forma nas frases concisas do autor mineiro, que também explora com bom humor a chegada da velhice.

A maneira como as histórias terminam, sem rodeios nem floreios, como a vida, dá um tom de humor bruto à obra. Apesar dos temas inusitados, é difícil o leitor não esboçar um sorriso ao acompanhar a desgraça tragicômica dos personagens, ainda mais narrada de maneira tão natural.

Em meio a tudo isso, ganham espaço ainda contos relacionados à violência, a um erotismo nada romântico e a temas escatológicos, como um que discorre acerca do peido.

Em "Histórias Curtas", Fonseca mantém o tom realista das suas três últimas obras, "José", "Axilas e Outras Histórias Indecorosas" e "Amálgama", esta, vencedora do Prêmio Jabuti de 2014 na categoria contos e crônicas. Todas elas merecem a leitura com carinho.

Best-seller lança mais um drama histórico

Depois de fazer sucesso no mundo inteiro (incluindo no Brasil) com a trilogia "O Século", que narra a vida de famílias antes, durante e depois da Primeira e da Segunda Guerra Mundial, o autor britânico Ken Follett lança "As Espiãs do Dia D" (R$ 39,90, 448 págs., Arqueiro), outra obra que se propõe a abordar um dos principais acontecimentos do último século em narrativa ficcional.

A nova trama se passa durante a Segunda Guerra Mundial, em um período em que a França é tomada pelas tropas nazistas.

Quando as forças aliadas planejam finalmente libertar a Europa, a oficial inglesa Felicity Clairet decide inutilizar a maior central telefônica de todo o continente.

Vivian Masutti, 29 anos, é jornalista formada pela Cásper Líbero e bacharel em letras (português e francês) pela Universidade de São Paulo, onde também cursou a Faculdade de Educação e obteve licenciatura plena em língua portuguesa. No Agora, é editora-assistente do caderno "Show!" - vivian.masutti@grupofolha.com.br

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