8 de março
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O Dia Internacional da Mulher, celebrado neste 8 de março, inspira-se nos protestos de trabalhadoras no começo do século 20. Hoje, a igualdade entre homens e mulheres, pelo menos no plano das leis, já se tornou uma realidade na maior parte do mundo.
Na vida real, porém, as disparidades no mercado de trabalho, na política, na educação e em outros setores permanecem. A situação brasileira, em particular, está longe de ser animadora.
O último relatório do Fórum Econômico Mundial sobre os avanços nesse campo situa o Brasil numa pouca honrosa 92ª posição, entre 153 nações. Considerando os 25 países da América Latina, ocupamos somente o 22º lugar.
As desigualdades mais graves, segundo o documento, se dão nas relações de trabalho e na atuação política.
Dados do IBGE mostram que, em 2018, as mulheres receberam em média salários 20,5% menores que os dos homens. Elas também têm mais dificuldades para conseguir os cargos mais altos do setor privado. Apenas 19% das companhias nacionais possuem mulheres em postos elevados de gestão.
Na política, a distância se torna ainda maior. Embora constituam mais da metade da população, as mulheres representam apenas 18% dos membros do Congresso. No Executivo, elas só ocupam 2 dos 22 cargos de primeiro escalão.
É reflexo de um machismo persistente na sociedade, seja disfarçado ou escancarado --como em algumas declarações do próprio presidente da República.
Se há o que comemorar no dia de hoje, quando se compara a condição feminina com a de um século atrás, o ritmo do progresso permanece muito lento diante de injustiças tão evidentes.