O avanço do coronavírus

Tanto no Brasil como no mundo, a epidemia global de coronavírus atingiu um novo patamar nesta semana. Já eram 13 as pessoas infectadas por aqui até sexta-feira (6) --duas delas, vale dizer, adquiriram o vírus CoV-19 em território nacional, após contato com viajantes.

A doença, chamada de covid-19, deixou de ser exclusividade do Sudeste, pois se registrou também um caso na Bahia. A tendência é o coronavírus se espalhar pelo país, mas isso não significa que ele não possa ser combatido. Basta que a população se mantenha serena e siga orientações das autoridades de saúde.

É verdade que os números impressionam, principalmente no exterior. A enfermidade alcançou 88 países e atingiu mais de 98,2 mil pessoas até sexta.

Os mortos eram 3.380, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), ou 3,4% dos casos confirmados.

A China, país onde ocorreram os primeiros casos conhecidos e soma 90% das mortes no mundo, parece perto de domar a epidemia. Dos 2.873 novos casos registrados entre o penúltimo comunicado da OMS e o último, só 30 eram de lá.

A situação no momento, portanto, não é alarmante --e muito menos há razão para pânico. A letalidade, baixa, parece concentrada em pacientes idosos já com outros problemas de saúde.

É por isso que a prioridade de atendimento e tratamento deve se dirigir para eles, além dos profissionais de saúde. A melhor proteção continua sendo lavar bem as mãos, com frequência.

Já os governantes têm duas tarefas principais: preparar os hospitais para fazer frente ao provável aumento de casos e fornecer as informações corretas à população. Até aqui, tudo indica que estão trabalhando no caminho correto.

Passageiros e funcionários usam máscaras de proteção no aeroporto de Guarulhos, na Grande SP - Zanone Fraissat - 26.fev.20/Folhapress

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