Assédio na Alesp
Já é assinante? Faça seu login
Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:
Oferta Exclusiva
6 meses por R$ 1,90/mês
SOMENTE ESSA SEMANA
ASSINE A FOLHACancele quando quiser
Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.
O vídeo que registrou o episódio não deixa margem para dúvida: durante sessão da Assembleia Legislativa paulista, na quarta (16), o deputado Fernando Cury (Cidadania) aproxima-se por trás da deputada Isa Penna (PSOL), apalpa seu seio direito e é por ela repelido.
A parlamentar estava de pé, diante da mesa da Presidência da Casa, conversando com o presidente, Cauê Macris (PSDB), quando foi alvo da investida indecorosa. A reação do deputado, após o assédio tornar-se público, também escancarou sua miséria moral.
Discursou o parlamentar, com requintes de cinismo: "Gostaria de frisar a todos, principalmente às mulheres que estão aqui, que não houve, de forma alguma, da minha parte, tentativa de assédio, de importunação sexual ou qualquer outra coisa com algum outro nome semelhante a esse".
A seguir, fez um pedido fajuto de desculpas pelo que teria sido um enlace inofensivo: "Se a deputada Isa Penna se sentiu ofendida com o abraço que eu lhe dei, eu peço, de início, desculpa por isso. Desculpa se eu a constrangi. Desculpa se eu tentei, como faço com diversas colegas aqui, abraçar e estar próximo".
O partido do abraçador compulsivo foi direto ao ponto. Em nota assinada por Roberto Freire e Arnaldo Jardim, seus presidentes nacional e estadual, o Cidadania afirmou que "a legenda não tolera qualquer forma de assédio e atuará fortemente para que medidas definitivas sejam adotadas".
O caso lamentável expõe a resistência de uma mentalidade machista truculenta. Felizmente a resposta firme de setores da sociedade e de parte das instituições dá esperança de que abusos como esse não passem impunes.