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Há 20 anos, a ginástica artística brasileira sofreu um cachoalhão com a contratação de dois técnicos estrangeiros para comandar a seleção feminina: os ucranianos Oleg Ostapenko e Iryna Ilyashenko. Depois de uma fase de mudança de mentalidade, devido à pressão e ao grau de exigência nos treinamentos, as ginastas brasileiras passaram a obter resultados internacionais até então apenas sonhados, como o ouro de Daiane dos Santos no solo no Mundial de Anaheim, em 2003.
O bom trabalho dos dois treinadores revelou joias para a modalidade no país, como a própria Daiane, Daniele Hypólito, Jade Barbosa e Laís Souza. O auge veio na Olimpíada de 2008, em Pequim (CHN), quando a seleção atingiu um inédito oitavo lugar por equipes, até hoje o melhor desempenho em Jogos Olímpicos. Nessa mesma edição, Jade ficou em 10º no individual geral, considerando todos os aparelhos (solo, trave, barras assimétricas e salto).
Já sem Oleg, desde 2008, mas com Iryna, a seleção continuou seu processo de evolução como equipe. Tanto que as expectativas cresceram muito com os resultados conquistados neste início de ano. Sem uma grande estrela em um aparelho específico, como Daiane foi no solo, a luta agora é para formar atletas com alto desempenho em todos os aparelhos.
Com esse pensamento, a equipe atual possui três ginastas de ponta que, se estiverem bem fisicamente numa competição, podem levar o país ao pódio: Rebeca Andrade e Flávia Saraiva, de 19 anos, e Thaís Fidelis, de 17. Além delas, o grupo ainda conta com a experiência de Jade, atualmente com 27 anos.
O objetivo deste ano é o Mundial de Stuttgart (ALE), que dará uma vaga na Olimpíada de Tóquio-20. Por isso, o desempenho de Rebeca na etapa da Copa do Mundo realizada na cidade há duas semanas dá novo ânimo. Ressaltando que os países não costumam mandar suas melhores ginastas para todos os eventos, vale destacar que Rebeca venceu em todos os aparelhos, com notas que a levariam ao pódio no último mundial.
E no último sábado (23), Thaís Fidelis conquistou o bronze inédito no individual geral da etapa de Birminham (ING) da Copa. O grupo está no caminho certo, o que nos faz ter esperanças de que é, sim, possível chegar aos Jogos de Tóquio com chances de conquistar uma medalha, o que seria inédito para a ginástica feminina brasileira.