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Caneladas do Vitão: Caro Basílio

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O futebol faz parte da vida de Alemão. Desde o nascimento, 8 meses e 17 dias antes do gol de Basílio, com a camisa pendurada pelo pai na maternidade Matarazzo. Bela Vista, bexiga, amor pela bola com início datado e fim a perder de vista.

A bola percorre todas as fases de sua vida. Da infância, adolescência, maturidade e, se Deus quiser e deixar, fará parte até a terceira idade. Terceira idade que um dia, ah, que bobos!, foi romanticamente chamada de melhor idade, nomenclatura que caiu de madura com a precarização consequente da terceirização e com a reforma da Previdência. E tem gente ainda que quer ser pai da criança... Essa culpa Alemão também não carrega!

Voltemos à bola. Onde Alemão também sempre teve lado. Claro, declarado. A relação com o Corinthians explica, além da precoce paixão pela democracia à Sócrates, até o seu amor adotado, vivenciado e correspondido pelo lado leste da cidade de São Paulo, onde prometeu e, quando casou, cumpriu e construiu a sua morada.

Opção que veio depois da escolha pelo jornalismo, profissão que lhe permitiu viver perto do Corinthians, do futebol. 

Amor que esteve presente no palco da cerimônia do matrimônio. No mesmo Parque São Jorge onde teve até hino à capela no batizado do filho. Olha o Basílio aí de novo.

A vida, toda ela, é um ciclo. Eterno. Onde o amor pelo filho é o sentimento mais caro. Maior do que pelo time que motivou o seu nome. Sentimento que faz o pai torcer pelo Chute Inicial Aricanduva, CTC Vila Ema, Paulistinha da Mooca e, agora, pelo Estudante Paulista, Prime Futebol Formador e pelo Jaguariúna com mais verde do que em qualquer Dérbi.

Qualquer jogo da Liga Norte, da Copa Kagiva ou do Paulistão sub-11 é final de Mundial para o pai do melhor filho e dublê de lateral direito.

Ser pai é presente antecipado, agrado. Do nosso gosto, carinho embrulhado, caro. Comprado e escolhido com amor, bem pago. Ser pai é caro. É o maior barato.

Caro, está no dicionário, é preferido. Estimado, querido, amado. Caro Basílio, ser o seu pai, Alemãozinho, é um eterno medo de fazer tudo errado. Dá um medo danado. Muito. De tudo. De operar, de ficar desempregado. Mas é o maior barato. Espero ter saúde para ser vô e um dia ver você sentir tudo isso.

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