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Há, acredite, alguma ligação entre os itens citados no título.
Antes de chegar a ela, recordemos a festa feita pelos defensores do VAR quando ele foi adotado no Campeonato Inglês, no começo da temporada. Caía, enfim, um velho argumento dos detratores do árbitro de vídeo: a melhor competição nacional do mundo não precisava dessa bobagem.
Os fãs da aberração celebraram efusivamente a primeira rodada do torneio. Para eles, a agilidade na revisão dos lances comprovava que o VAR brasileiro era uma piada porque era brasileiro, não porque era VAR.
Atualização: o Campeonato Inglês não está nem na metade, e ninguém aguenta mais. Até quem defendia a inovação, caso do respeitado técnico Pep Guardiola, perdeu a paciência.
O VAR inglês tem suas particularidades. Se o juiz de campo daqui exagera na consulta ao vídeo, o de lá prefere confiar no colega que analisa as imagens. Em 120 partidas realizadas, nenhum árbitro foi até o monitor conferir a jogada.
De qualquer maneira, o centro da discussão é o mesmo. Em artigo publicado no tradicional jornal The Guardian nesta semana, o jornalista Richard Williams apontou o óbvio: boa parte das decisões é interpretativa, a aura de infalibilidade criada só amplia a sensação de injustiça e o jogo foi privado da emoção.
“O VAR é como o Brexit”, escreveu Williams, referindo-se ao desastrado processo de saída do Reino Unido da União Europeia.
“Quaisquer argumentos sensatos foram inundados pelo dano já causado, pelas despesas e pela divisão criada, bem como pela suspeita de que sua existência serve ao interesse de outras pessoas”, defendeu.
O jornalista não se conforma com um impedimento de Firmino, que gerou ampla discussão sobre a posição de sua axila. Para ele, que não está sozinho, a experiência com o juiz de vídeo deve ser interrompida na metade do campeonato.
Como se vê, o problema não é brasileiro.