Elevador é quase um templo, exemplo pra minar teu sono, sai desse compromisso, não vai no de serviço, se o social tem dono, não vai... Alô, povão, agora é fé! Futebol é o sucesso estrondoso de popularidade que é, em São Paulo, no interior, no Brasil, na América do Sul e no mundo todo, porque é de todo mundo! A elite europeia e a classe mais pobre africana. Democraticamente, amam o jogo quase que da mesma maneira...
É um jeito de olhar. Tão óbvio quanto o fato de a Fifa, hoje sob o comando de Gianni Infantino, como já esteve sob Joseph Blatter e João Havelange, a Conmebol, a CBF e a FPF serem dirigidas por homens brancos das classes dominantes que não vivem para o jogo, mas vivem do jogo, que é uma diferença clara.
No Brasil de hoje, em que Neymar —aquele mesmo, que, em abril de 2010, declarou ao “Estadão” que nunca sofreu racismo nem dentro nem fora de campo: “Até porque não sou preto, né?”— é o principal nome, quem dita as regras no futebol é Carlos Caboclo, que sucedeu Coronel Nunes, José Maria Marin, Marco Polo del Nero e Ricardo Teixeira na presidência da CBF... Mudaram as moscas? Nem elas?
Dizem que futebol é o “ópio” do povo... Se for verdade, o “traficante” vem do topo da pirâmide e veste colarinho branco...
Em um país de maioria negra (negros são 75% entre os mais pobres; e os brancos, 70% entre os mais ricos, mostra estudo divulgado pelo IBGE nesta quarta), os clubes de Série A, que concentram a paixão do povão, são dirigidos por brancos privilegiados economicamente. Possivelmente, muitos deles tenham amigos negros e até cortem cabelos com barbeiros negros...
Mas as coisas involuíram... Antigamente, o povo preto estava na geral, na arquibancada. Hoje, com a elitização, nem na arquibancada há mais lugar para quem não dá retorno financeiro ao dono do negócio. Ou tem, como segurança, para ser xingado e cuspido por alguém que não é racista...
Eduardo Galeano: “Na luta do bem contra o mal, é sempre o povo que morre”.
Eu sou o Vitor Guedes e tenho um nome a zelar. E zelar, claro, vem de ZL. É tudo nosso! É nóis na banca!
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