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Vale, vale tudo, vale, vale tudo, vale o que vier, vale o que quiser... Alô, povão, agora é fé! Derrota para o Juventus, empate com o Atlético Nacional-COL ou vitória sobre o New York City em jogos-treinos de pré-temporada não valem nada, dizem os idiotas da objetividade! E valem tudo para quem vive o futebol muito mais com paixão do que com razão entediante.
São Paulo, Palmeiras e Corinthians têm Paulistão, Libertadores, Brasileiro e Copa do Brasil pela frente, teremos Choques-Reis, Majestosos e Dérbis, mas, para quem ama o seu clube acima de títulos, balanços financeiros e independentemente de equações racionais, perder para o Juventus é o prenúncio de mais um ano de fiascos.
Ver uma equipe com garotos de qualidade da base —como Veron, Gabriel Menino, Patrick de Paula e Wesley— é animador.
Acompanhar um camisa 7, que tem desde a infância, o Corinthians como sua segunda pele, jogando muito e marcando dois gols (e um deles de falta!) é para se iludir prazerosamente mesmo sabendo que o torneio é uma bobagem e que o adversário é fraquíssimo.
Para quem enxerga o futebol com o viés colonizado e elitista de que a única coisa que vale é a Liga dos Campeões (“Champions League”): Paulistão? Não vale! Copinha? Não vale!
E, claro, não vale ficar feliz com as promessas da base nem com estreia de gala de um candidato a ídolo. Nem mesmo se pode ter o direito de cornetar um time grande na fila, administrado por uma direção armagedônica, que manteve um treinador sem currículo.
É isso. Palmeirense, são-paulino e corinthiano (poderia, óbvio, incluir lusos, santistas e juventinos), você não tem direito mais a rir, a sofrer, a cornetar ou a vibrar sem a anuência dos donos da verdade, responsáveis por dizerem a você o que vale e o que não vale. Ora, com todo o respeito, vão se catar!
José Saramago: “Gostar é provavelmente a melhor maneira de ter, ter deve ser a pior maneira de gostar”.
Eu sou o Vitor Guedes e tenho um nome a zelar. E zelar, claro, vem de ZL. É tudo nosso! É nóis na banca!