Caneladas do Vitão: 'Lockdown' para matar a saudade da 'Champions'
É a hora de as entidades que comandam o futebol bancarem os clubes
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Me dê a mão, me abraça, viaja comigo pro céu... Alô, povão, agora é fé! A discussão entre governos civilizados, que não cogitam colocar a economia à frente da vida (de nenhuma vida, nem dos velhinhos, viu, Roberto Justus), é como o Estado pode ajudar as pessoas e as empresas, nessa ordem, a se manterem durante o necessário isolamento para o combate à pandemia do coronavírus.
Trazendo para o futebol, é a hora de a Fifa, a Conmebol, a Uefa, a Concacaf, a CBF e a FPF (e demais federações regionais, entidades parasitárias que vivem de explorar os clubes e os jogadores) colocarem a mão no bolso e bancarem a indústria enquanto o planeta (que é redondo, como a bola) não volta a girar...
Aquelas taxas absurdas cobradas em partidas e aqueles contratos conseguidos pela força da matéria-prima (que não é paga mensalmente pelas confederações e federações, que ficam só com o lucro) têm que voltar agora à sociedade em forma de subsídio aos clubes, para que esses paguem todos os seus funcionários --jogadores e treinadores, óbvio, inclusos.
Vale para a Série A, claro, mas vale para as Séries B, C e, principalmente, para times que nem divisão têm, vale para o Flamengo e para o América-RJ, para o Corinthians e para a Portuguesa, vale para todos.
Na hora de ganhar à custa do suor alheio os clubes e times são parceiros? Então, entidades esportivas, nada de estado mínimo agora. Façam a sua parte e dividam o bolo para amenizar a crise de todos.
O torcedor colonizado, que está com saudade de expressões pós-modernas patéticas do tipo "Champions League" (Liga dos Campeões) e "hat-trick" (três gols no jogo), está matando a saudade da subserviência vocabular com o noticiário pandemônico: "lockdown" ("isolamento total, cada um na sua casa") e "voucher" (vale) são fronhices do naipe que chama "gado" de "a lot of bull". Essa culpa e essa vergonha eu também não carrego, talkey!
Eu sou o Vitor Guedes e tenho um nome a zelar. E zelar, claro, vem de ZL. É tudo nosso! É nóis na banca!