Caneladas do Vitão: Clodoaldo revive a magia da 'maior seleção da história'
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Ai que gostoso, amor, ai que saudade, te amo, te amo de verdade... Alô, povão, agora é fé! “A jogada começa com o Tostão dando o combate na defesa italiana. O Tostão dá a bola para o Gérson, que dá ela para mim. Aí, eu driblo quatro italianos e passo para o Rivellino. O Jairzinho se desloca para a esquerda e recebe o lançamento do Riva. O Jairzinho domina, enxerga o Pelé e dá nele. O Pelé domina, dá o tempo certo e, sem ver, joga no vazio para o Carlos Alberto. Até o morrinho participa e o Capitão afunda e faz o 4 a 1.”
A descrição de supetão, exclusiva à coluna, é de Clodoaldo, como se o 21 de junho de 1970, fosse hoje. Mas poderia ser o relato fidedigno de qualquer um que estivesse revendo o gol. Concordo com Clodoaldo! O último ato, finalizado pelo saudoso Carlos Alberto na final contra a Itália, resume a campanha 100% da (eleita pela Fifa) melhor seleção da história.
“Esse golaço coletivo retrata bem o que era a seleção de 1970. É o gol mais bonito de todas as Copas, gol coletivo da seleção considerada pela torcida, e eu concordo, a melhor de todas.”
Além da genialidade quádrupla na origem do golaço de Capita, Clodoaldo foi decisivo na semifinal, ao se recuperar da falha no gol uruguaio e fazer o tento de empate na virada por 3 a 1.
“Nunca na minha carreira eu tentei passar uma bola de calcanhar. Era a única opção. Com a gente perdendo, o Carlos Alberto e o Gérson me chamaram e pediram para eu sair mais para o jogo. E foi com naturalidade, apareci, recebi do Tostão e fiz o gol mais importante da minha vida”, declarou Clodoaldo, que nunca havia falado comigo. E atendeu o telefone e falou por 45 minutos e 36 segundos. A seleção de 1970 é especial também na simplicidade.
Carlos Drummond de Andrade: “O melhor remédio contra a saudade é a falta de memória”.
Sou o Vitor Guedes e tenho um nome a zelar. E zelar, claro, vem de ZL. É tudo nosso! É nóis na banca!
Embaixador
Clodoaldo confidenciou que a CBF oficializou os jogadores campeões (1958), bi (1962) e tri (1970) como embaixadores do futebol brasileiro. E os jogadores de 1970 receberam da entidade a réplica da taça Jules Rimet, que ficou (até ser roubada e derretida) em definitivo para o Brasil com o tri.