A morte, surda, caminha ao meu lado, e eu não sei em que esquina ela vai me beijar... Alô, povão, agora é fé! Se a Justiça permitir, o futebol do Rio (aparentemente) volta amanhã, provavelmente no Maracanã, em horário incerto, sem torcida!
A Ferj, o Flamengo, o Vasco, a prefeitura do Rio e o coronavírus venceram Fluminense, Botafogo, o bom senso e a defesa das vidas humanas.
Paulo Autuori, técnico do Botafogo, garantiu à coluna que não participará desse “grande absurdo”.
“Eu me recuso a voltar a jogar em junho. Não vou ser cúmplice de uma decisão estapafúrdia da federação do Rio, que é a única que tem, nesse momento, esse açodamento. Os jogadores estão parados há 90 dias, algo completamente atípico, aliás, como está sendo o ano de 2020. Nós queremos, pelo menos, 15 dias para preparar, o que ainda é pouco”, desabafou Paulo Autuori à coluna.
“A federação do Rio é a única que quer terminar em junho! Não tem qualquer justificativa! É dinheiro da TV? Nos outros estados, os clubes menores também precisam do dinheiro da TV. Contrato de trabalho? Os outros estados também precisam se preocupar com o término do contrato de jogadores. São problemas comuns e só a federação do Rio decide jogar em junho, é um grande absurdo.”
Paulo Autuori coloca o Botafogo em campo. Mas em julho. “Nosso objetivo não é deixar de jogar, não. É jogar, desde que nos deem o tempo mínimo, para que a gente possa preparar os jogadores para o que falta do Carioca.”
“Eu sou do Rio, mas um crítico que transcende ao futebol. Infelizmente, é só ver como está o nosso estado: governadores, TCU, nesses últimos anos, envolvidos em situações vergonhosas para todos nós”, posicionou-se Autuori.
Autuori defendeu o óbvio ululante. Que falta faz ter mais gente que defenda o óbvio!
Carlos Drummond de Andrade: “As leis não bastam. Os lírios não nascem da lei”.
Sou o Vitor Guedes e tenho um nome a zelar. E zelar, claro, vem de ZL. É tudo nosso! É nóis na banca!
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.