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Dá um vazio no peito, uma coisa ruim... Alô, povão, agora é fé! Silêncio. Enquanto a humanidade protesta e combate o racismo, o fascismo, o genocídio indígena e a boiada toda que destrói o meio ambiente, o grosso da nossa boleirada não solta um mugido.
“Eu não sou de meter o dedo na cara de ninguém! Se nós não temos pessoas esclarecidas, a culpa é da falta de educação, da manipulação na educação, de fatos serem mexidos e adaptados pra cada governo, pra cada desgoverno”, mandou Fafá de Belém, afiada e afinada, com exclusividade, dando uma surra de realidade.
“O atleta é um ídolo popular e se ele olhar de onde ele veio e pra que país ele precisa falar, é uma ferramenta muito importante”, diz a cantora.
Enquanto a Europa proíbe a entrada de brasileiros (culpa do governo negacionista que trata pandemia como “gripezinha”) e Decotelli (que substituiria o “impreCionante” Weintraub) cai antes de assumir a Educação por inventar um currículo mentiroso, jogadores colocam as vidas em risco e jogam as suas imagens no lixo ao aceitarem atuar enquanto pessoas morrem ao lado em um hospital de campanha.
“Normalmente, os atletas são da periferia e das camadas mais pobres. O olhar deles sobre o seu povo deve ser fundamental para a melhoria desse povo. O atleta deveria dar voz à comunidade e à periferia. Alguns não dão nem politicamente, nem humanisticamente”.
Entre uma inconfundível gargalhada e outra, Fafá seduziu meus ouvidos ao cantar a bola.
“Democrata, lamento que atletas virem de costas às origens. E espero que, com o tempo e a maturidade, eles entendam que podem falar por muitos. Vitor, nem sempre quem ri por último ri muito melhor. Às vezes, se a gente esperar muito, vai nos restar as lágrimas e um novo processo [hahahahaha]. Um beijo.”
Em respeito ao distanciamento social, um beijo virtual, Fafá, e obrigado por se posicionar sempre do lado certo da história.
Casagrande: “A democracia está sendo atacada. E o futebol? Não vai falar nada? Cadê a sua voz?”
Sou o Vitor Guedes e tenho um nome a zelar. E zelar, claro, vem de ZL. É tudo nosso! É nóis na banca!