Mundo Olímpico: Em Paris, Olimpíada encolherá e igualará número de homens e mulheres
Medida é para diminuir o altíssimo custo do evento e torná-lo mais igualitário
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Disputar uma edição de Jogos Olímpicos é o suprassumo da carreira de um atleta. Por isso, em todo ciclo olímpico, várias modalidades se inscrevem para tentarem uma vaga na disputa. Poucas são as que conseguem, mas desde a primeira edição dos Jogos da era Moderna, em Atenas-1896, o número de competidores só tem aumentado, chegando ao recorde de 11.990 atletas em Pequim-2008.
Conforme o número de atletas foi aumentando, toda a infraestrutura necessária na cidade-sede teve de crescer na proporção, o que levou os Jogos a se tornarem uma dor de cabeça para os comitês organizadores, uma vez que os gastos facilmente superam as dezenas de bilhões de reais.
A Rio-2016, por exemplo, teve um custo estimado de R$ 29,6 bilhões. E, todos sabem, onde tem muito dinheiro, os abutres da corrupção estão sempre por perto, o que torna o processo ainda mais oneroso.
Para evitar que os gastos continuem aumentando até chegar a um ponto insustentável, o COI (Comitê Olímpico Internacional) iniciou um processo de redução dos Jogos. Nesta segunda-feira (7), o presidente da entidade, o alemão Thomas Bach, anunciou algumas novidades para a Olimpíada de Paris, em 2022.
A edição de Tóquio, que foi adiada deste ano para julho e agosto de 2021, já tem número definido de 11.091 atletas, mas a organização vai diminuir o orçamento, devido à Covid-19.
Em Paris, os Jogos deverão ter “apenas” 10,5 mil atletas, além de dez modalidades a menos que Tóquio (38 a 28), o que vai diminuir bem os custos gerais.
Outra boa novidade do evento na capital francesa é que, pela primeira vez na história, haverá exatamente o mesmo número de atletas homens e mulheres. No Japão, essa proporção vai ser de 48,8% de eventos femininos para 51,2% de masculinos. Na Rio-16, a relação foi de 45,29% para 54,71%.
Para tornar essa equidade possível, o COI vai tirar algumas categorias exclusivamente masculinas, como no boxe e na vela, e criar outras femininas ou mistas.
Mais do que a igualdade de gêneros, essa novidade faz justiça às atletas mulheres, que sempre demonstraram alta competitividade, qualquer que seja a modalidade em disputa.