Mundo Olímpico: Conquistar o ouro não é obrigação nos Jogos
Os atletas não podem ser atacados por não subirem ao pódio
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Claro que o sonho de todo atleta olímpico é subir no degrau mais alto do pódio, colocar uma medalha de ouro no peito e comemorar o auge de sua carreira. No entanto, poucas são as vezes em que se pode apontar quem será campeão com 100% de certeza.
Quem não costuma acompanhar o esporte olímpico no período entre Olimpíadas não sabe dos percalços que eles enfrentam, das coisas que precisam abrir mão para que sua preparação seja a melhor possível e que cheguem nos Jogos no melhor nível técnico e físico possível.
Por isso, é comum ver nas redes sociais aqueles que criticam um atleta por ter sido eliminado na primeira disputa, ou por ter superado algumas fases e conquistado "apenas" a medalha de prata ou bronze.
Isso é uma grande crueldade. Primeiro porque quem está nas Olimpíadas é porque se classificou e tem o objetivo de chegar ao lugar mais alto do pódio, como todos os outros. Então, a definição do campeão pode ser determinada se um ou outro atleta dormiu bem, ou se está confiante, ou se o rival direto não está tão bem e fraquejou no momento decisivo.
São muitas as variáveis que determinam os heróis. Lógico que algumas vezes os favoritos estão tão acima dos adversários que podemos saber que serão laureados, como a ginasta norte-americana Simone Biles. Porém, na maior parte das vezes, as competições se desenrolam e surpresas aparecem, como o nadador tunisiano Ahmed Hafnaoui, de 18 anos, que ganhou o ouro nos 400 m livre.
A culpa foi dos outros nadadores ou mérito do garoto 17º do mundo na prova? Feitos assim acontecem.
O legal das Olimpíadas é acompanhar torneios de alto nível de diversos esportes. Se os atletas brasileiros ganharem, muito melhor, mas os perdedores não podem ser apedrejados. Por isso, o skatista Kelvin Hoefler e o judoca Daniel Cargnin merecem os parabéns.