Tomate e feijão voltam a ser os vilões da mesa
O tomate subiu 32%, o feijão, 25%; aumento tem pesado no bolso das famílias
Já é assinante? Faça seu login
Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:
Oferta Exclusiva
6 meses por R$ 1,90/mês
SOMENTE ESSA SEMANA
ASSINE A FOLHACancele quando quiser
Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.
Os preços do tomate, do feijão-carioca e da batata dispararam na cidade de São Paulo, pressionando o orçamento das famílias.
Segundo o IPC (Índice de Preços ao Consumidor), da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), entre os dias 22 de fevereiro e 23 de março, o tomate ficou 32% mais caro, e o feijão, 25%. A batata subiu 23%.
De acordo com Guilherme Moreira, coordenador do levantamento da Fipe, o clima é o principal responsável pela variação.
"Em dezembro e janeiro, fez muito calor e choveu muito. Isso prejudicou a safra de vários produtos, entre eles o feijão e o tomate. Apesar de outros itens terem tido queda nos preços, esses não costumam ser substituídos e acabam impactando no orçamento das famílias”, afirma Moreira.
Além do clima, um passado recente de crise nas lavouras dos produtos ainda reflete na alta.
João Paulo Bernardes Deleo, pesquisador na área de hortaliças do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), relembra que produtores, principalmente de batata e tomate, enfrentaram uma crise que durou dois anos.
Nesse período, a quantidade desses produtos no mercado era tão grande, que o negócio foi vender abaixo do preço de produção.
“A rentabilidade caiu e o espaço de cultivo foi reduzido. A procura é a mesma, mas há menos produto no mercado. O calor e a chuva agravaram a situação”, explica o pesquisador.