O almoço de Páscoa será o mais caro dos últimos três anos, segundo a FGV (Fundação Getúlio Vargas). A cesta dos produtos mais procurados subiu 17,15% entre abril de 2018 e março deste ano, ante uma inflação de 4,37% no mesmo período.
A maior alta, até este ano, havia ocorrido em 2016, quando a cesta teve um aumento médio de 15,17%. Naquele ano, o IPC-10 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor-10) havia ficado em 10,37%, diz a pesquisa.
A batata-inglesa foi o item que mais pressionou a inflação de Páscoa, com um aumento de 78,83% no período. Outro produto presente na ceia com uma variação expressiva foi o bacalhau, que teve alta de 19,35%.
De acordo com o levantamento, os responsáveis pelos aumentos são o clima chuvoso, que tem impactado as lavouras e elevado o valor de vários alimentos, e o dólar, que reflete diretamente no preço de produtos importados, como é o bacalhau e o atum, o terceiro item que mais subiu na cesta.
Mais aumento
A proximidade com a Páscoa tende a fazer alguns produtos aumentarem ainda mais de preço, segundo a FGV. Igor Lino, responsável pelo levantamento, afirma que existe uma tendência de elevação dos valores de itens sazonais por causa do crescimento da procura.
“É o caso dos peixes frescos, que podem custar mais. Produtos que devem se manter estáveis são aqueles do uso diário, como o azeite”, diz Lino.
Alguns itens tiveram reajustes abaixo da inflação, como a sardinha em conserva (2,83%), a azeitona em conserva (2,73%) e o azeite (1,13%). A dica para gastar menos é comprar antes.
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