O analista fiscal Mauro Ruano Moreno, 62 anos, tenta receber a aposentadoria por tempo de contribuição do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) há quase um ano.

“Tenho 35 anos de contribuições comprovados e dei entrada no pedido em setembro de 2019, mas o INSS não me dá nenhuma resposta”, queixa-se.

Até a reforma da Previdência, em 13 de novembro de 2019, era possível pedir a aposentadoria por tempo de contribuição com 35 anos de pagamentos ao INSS, no caso dos homens, e 30 anos, no das mulheres.

A reforma acabou com esse tipo de aposentadoria, mas quem já estava no mercado de trabalho quando a medida entrou em vigor pode se aposentar em uma das regras de transição, como pontos e pedágio de 50% ou 100%, por exemplo.

O leitor, que vive com a esposa e o filho, explica que seu último trabalho com carteira assinada foi em março do ano passado, quando foi demitido. Apesar de ter recebido as verbas rescisórias, afirma que precisa da concessão do benefício com urgência para quitar contas e demais despesas.

“Estou desempregado, sem nenhuma renda nem benefício e vivendo praticamente de favores. Na minha casa, só meu filho está trabalhando”, diz Moreno.

Apesar de não ter o cálculo exato, o analista fiscal estima que a aposentadoria será em torno de R$ 2.900, o que daria um respiro para o orçamento doméstico.

“Peço a ajuda do Agora para que possa ter alguma resposta da minha solicitação ao INSS. Já vai completar um ano, como isso é possível?”, questiona o leitor.

Instituto exige novo pedido

O INSS esclarece que o pedido de aposentadoria do segurado foi indeferido em 6 de dezembro de 2019.

O órgão afirma ter enviado mensagem por email com a informação e que o segurado também consultou o processo pelo Meu INSS.

“Como o senhor Mauro não protocolou recurso contestando o indeferimento e o prazo para isso já expirou, ele pode fazer novo pedido de aposentadoria pelos canais remotos do INSS.”

Além do aplicativo Meu INSS, há o site https://gov.br/meuinss e o canal telefônico 135.