A leitora Bárbara Ramalho, 40 anos, espera há quase um ano e meio pelo BPC (Benefício de Prestação Continuada) do seu filho, João Miguel Ramalho do Nascimento, 6 anos, que tem paralisia cerebral.

Ela explica que precisou parar de trabalhar há cerca de dois anos e que, desde então, depende de ajuda financeira da família.

“Meu último emprego foi como supervisora de loja numa rede de padaria, mas, por estar trabalhando, não conseguia suprir todos os cuidados dele, como levá-lo às atividades de fisioterapia, psicólogo e fonoaudióloga”, diz.

“Quando ele precisou operar um alongamento dos tendões, aí tive que parar de vez.”

A mãe diz que recebeu seguro-desemprego e, por alguns meses, viveu com as economias que tinha, mas, como a concessão do benefício assistencial do filho não saiu, o dinheiro acabou.

“Dei entrada no BPC em junho de 2019, mas até hoje não saiu. Como tinha dinheiro para uns quatro meses de despesa, achei que seria o suficiente, mas o tempo foi passando e nada.”

Em abril deste ano, ela começou a receber o auxílio emergencial, mas está preocupada, porque o benefício vai só até dezembro. Em contato com o INSS, ela diz não ter conseguido mais esclarecimentos sobre o BPC.

“Liguei no 135 para pedir a cópia do processo, mas informaram-me que não haviam conseguido localizá-lo”, diz.

“O atendente disse que foi dada entrada, mas que não jogaram no sistema e que eu teria que aguardar o INSS de Juiz de Fora [MG] voltar a funcionar para que, presencialmente, fosse emitida essa cópia.”

INSS disponibiliza documento

Em nota, o INSS informa que a cópia solicitada está disponível no Meu INSS.

“É importante ressaltar que a cópia anexada se refere a um requerimento de benefício assistencial à pessoa com deficiência indeferido. Consta, no sistema, um segundo requerimento para o mesmo tipo de benefício, que aguarda avaliação social", diz o órgão.

Em decorrência da pandemia, as unidades do INSS foram fechadas e a retomada do atendimento está sendo gradual, o que inclui a realização das avaliações sociais.

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